A crise financeira em Portugal, no período 2010-2013 e a política de austeridade imposta pela Troika deram origem a reformas estruturais, ao crescimento do desemprego e à redução de salários, com consequências em termos de aumento de pobreza pela destruição de alguns estabilizadores económicos. É objetivo deste trabalho analisar se as medidas de austeridade conduzem ao aumento no número de beneficiários das prestações sociais: Abono de Família; Rendimento Social de Inserção e Desemprego, nos Centros Distritais constituintes do grupo D, definido pelo Instituto de Segurança Social ISS, IP. Da análise efetuada verificou-se que as regras impostas pela Troika se fizeram sentir nas prestações sociais e encontram-se aliadas ao envelhecimento da população, à baixa taxa de natalidade e ao aumento da emigração de pessoas jovens. O desemprego, sobretudo após a saída da Troika (em 2016), registou uma redução significativa do número de beneficiários, com a consequente redução da taxa de desemprego.