As mudanças no uso e cobertura da terra e o comportamento hidrológico da bacia do rio Capim (Paper 390)

Abstract

A bacia do Rio Capim localiza-se no nordeste do Estado do Pará e é marcada por intensos graus de antropização, neste contexto estudos indicam que as implicações ocasionadas pelas mudanças no uso e cobertura da terra têm afetado o comportamento hidrológico de bacias hidrográficas. O estudo teve como objetivo relacionar o comportamento da vazão com as mudanças no uso e cobertura da terra da bacia hidrográfica do rio Capim, para os anos de 2004, 2008, 2010 e 2014. A fim de se identificar a proporção das classes na bacia e nas Áreas de Proteção Permanentes (APP’s) utilizou-se os dados de uso e cobertura da terra do projeto TerraClass; para avaliação do comportamento hidrológico analisou-se a vazão média anual e os trimestres de maior e menor vazão, além do comportamento da precipitação no período de 1983 a 2014. Os resultados apontaram para uma redução na classe floresta para a bacia do rio Capim, e aumento das classes pastagem e agricultura, porém nas APP’s identificou-se um aumento da classe floresta no período 2004 a 2014. Espera-se que os indicativos apresentados na pesquisa auxiliem a interpretação dos fenômenos espaciais que modulam o cenário hídrico e ambiental existente na região.Palavras-chave: Estudo da paisagem. Vazão. Áreas de preservação permanente.

Usos da terra e potencial de regeneração natural da vegetação nativa na bacia do rio Apeú, Castanhal, Pará

“…O crescimento demográfico e o uso indiscriminado dos recursos florestais na região Bragantina vêm acarretando mudanças de uso e cobertura da terra, como o incremento dos usos agrícolas e de pastagem em áreas antes cobertas por vegetação natural (Watrin et al, 2009). Essas e outras atividades exercem forte pressão no ambiente, ocasionando a destruição de áreas protegidas como a vegetação ciliar ou ripária, as quais são fundamentais para a proteção dos recursos hídricos (Dias et al, 2018). Estudos na região mostram que as florestas bragantinas são resilientes e conservam parte da biodiversidade regional possuindo alta capacidade de regeneração (Almeida & Vieira, 2014).…”