As Práticas De Normalização Da Violência Operacionalizadas Pela Volkswagen Do Brasil Na Ditadura Militar Brasileira (1964-1985)

Abstract

The Brazilian military dictatorship has caused deep changes in the country's political, economic, trade union and social structures. In spite of this, the subject is little touched by the organizations researchers, even with indications of the business participation in the conspiracy that culminated with the coup of 1964 or their collaboration with organs of repression of the State. In order to change this situation, this research aimed to investigate what were and how the violence practices committed by Volkswagen do Brasil against its workers during the Brazilian military dictatorship were configured. The thesis underlying this objective is that this company used violence normalization practices so that it could be practiced indiscriminately for the purpose of increasing earnings. To achieve this goal, this study developed, based on the literature, an analytical framework, categorizing the violence normalization practices that served as a basis for reading the documents collected. Were identified twenty-two practices in the literature, that were grouped into six dimensions. Based on historical perspective, this research was based on documents at time as a corpus of research.

A Petrobras como um vetor da contrarrevolução preventiva brasileira: a relação entre o empresariado e as políticas petrolíferas no contexto do golpe de 1964

“…O estudo mais paradigmático nesse sentido é o de RenéDreifuss (1981), que analisa a articulação fundamental de frações empresariais e militares (bloco multinacional) na construção da derrubada do governo Goulart. Nos últimos anos, uma série de outros estudos vem esmiuçando a relação orgânica entre o empresariado e a ditadura, seja através da repressão (cf SILVA, 2018b;SANTOS;NETO, 2020)…”

Posicionamento Ideológico E Atuações Político-Discursivas Da Folha De S.PAULO No Período Da Ditadura Civil-Militar Brasileira

“…No Brasil, na área de estudos organizacionais, para além das chamadas para eventos, oficinas e números temáticos, parte das pesquisas, por exemplo, busca identificar e problematizar como a memória e a história oficial das empresas são construídas e disputadas por diferentes agentes sociais (ver: COSTA;SARAIVA, 2011;COSTA;SILVA, 2018;. Ainda dentro desta trilha, vários pesquisadores buscam uma melhor compreensão acerca das organizações na atualidade a partir da análise do seu processo histórico no contexto da história da formação do ensino de administração no Brasil (ver: ALCADIPANI;BERTERO, 2012;CARRIERI, 2013;BARROS, 2017).…”

“…Muitas são as áreas do conhecimentosobretudo pesquisas que partem de perspectivas críticasque problematizam o argumento de que relações estabelecidas entre empresas e governo, tanto hoje quanto no passado, são neutras ou isentas de posicionamento ideológico e atuações, embates, negociações ou acordos políticos. No campo da Administração estão as áreas de negócios e direitos humanos, de responsabilidade social corporativa e de responsabilidade histórica corporativa (LINSTEAD, MARÉCHAL;GRIFFIN, 2014;SCHREMPF-STIRLING et al, 2016;BARROS, 2018;COSTA;SILVA, 2018).…”

“…No caso do Brasil, o golpe de Estado de 1964 e a posterior instalação do governo ditatorial são marcados por historiografias que apontam para diferentes perspectivas sobre esses acontecimentos políticos (NAPOLITANO, 2011). Uma das linhastambém adotada nesta teseressalta a aproximação empresarial-militar que objetiva a conquista do Estado, ao passo que aponta para o papel da articulação da direita, pautada no empresariado brasileiro, que envolveu militares, governo norte-americano e empresários, resultando na deposição do então presidente João Goulart (DREIFUSS, 1984;NAPOLITANO, 2011;SILVA, 2018).…”

Assessoria De Imprensa No Brasil: História, Memória E Transformações

“…Também encontra lugar neste capítulo as transformações na imprensa(ABREU, 2012;LUSTOSA, 2003), e o surgimento das Relações Públicas no país (FICHER e NETO, 2019). Ainda na perspectiva histórica, o capítulo trata da ditadura militar do país, cenário de mudanças profundas na imprensa do país e de consolidação do trabalho dos jornalistas em assessoria de imprensa nas empresas privadas(SCHWARCZ e STARLING, 2018; FICO, 2019; FAUSTO, 2019; DREIFUSS, 1981;SILVA, 2018).No capítulo 4, daremos voz aos pioneiros deste mercado, por meio de suas histórias de vida. Os profissionais reconstroem suas memórias e contam as histórias vividas naquele momento de abertura de mercado.…”