Escrever uma dissertação, por mais solitário que possa ser o trabalho, é necessariamente um processo coletivo. Coletivo porque depende, em primeiro lugar, de financiamento para ser realizado. Coletivo, além disso, porque toda reflexão se insere numa tradição de pensamento. Coletivo, por fim, porque um bom trabalho precisa também de auxílio direto de outras pessoas, sejam elas o orientador, o membro da banca ou algum colega.Gostaria, nesse sentido, de agradecer à UNICAMP e ao Instituto de Economia por ter me aceitado como estudante. É também imprescindível mencionar o CNPq e a FAPESP por me terem concedido bolsas, indispensáveis para continuar meus estudos, e meus pais, que, com esforço extraordinário, complementaram minha renda. Gostaria de agradecer também a todos os professores do Instituto de Economia, que, em tempos de mediocridade no ensino, ministraram um curso que superou em muito as minhas expectativas e a de meus colegas. Finalmente, é necessário agradecer a todas as pessoas que leram minha dissertação e que, com sugestões, contribuíram para o aperfeiçoamento do trabalho. Em especial, sintome obrigado a mencionar meu orientador, Dr. Pedro Paulo Bastos, pelas leituras atenciosas e pelas sugestões sempre pertinentes.Escrever uma dissertação é, contudo, realmente um trabalho bastante solitário. Ler, refletir, escrever e corrigir são atividades que, pelo menos para mim, exigem um distanciamento social. Certa vez, Tom Jobim afirmou, com alguma ironia, que só um aleijado trocaria a praia, as mulheres e os amigos para ficar num quarto escuro, sozinho, tocando piano. Mesmo não morando no Rio de Janeiro (e não sendo um Tom Jobim), posso afirmar que essa solidão é bastante angustiante. Angústia, aliás, que aumenta com a relativa desvalorização financeira e, principalmente, social à qual as atividades científicas estão submetidas.Devo dizer, no entanto, que a companhia de algumas pessoas tornou bem mais agradável essa empreitada. Dessa forma, gostaria de agradecer aos amigos do mestrado, com quem compartilhei não só as mesmas angústias como alguns dos melhores momentos da minha vida. Além disso, devo lembrar novamente de meu orientador, Pedro Paulo, cuja vi atenção, principalmente na época da entrega do projeto à FAPESP e da preparação da defesa, ultrapassou, em muito, suas obrigações como orientador. Por fim, menciono, mais uma vez, meus pais, que, além de me ensinarem o valor do estudo, sempre me apoiaram para que eu pudesse alcançar meus objetivos.