Aspectos ecológicos da helmintofauna de Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Characiformes, Erythrinidae) da Represa Dr. João Penido (Juiz de Fora-MG, Brasil)

Abstract

O objetivo do presente trabalho foi o estudo das infrapopulações e infracomunidades de parasitos de Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) da represa Dr. João Penido, município de Juiz de Fora, MG. Entre novembro de 2004 e março de 2005 foram coletados 89 exemplares de H. malabaricus, dos quais 92,1% estavam parasitados por pelo menos uma espécie de parasito. Realizou-se o cálculo do fator de condição relativo (Kn) para cada peixe. Foram coletadas três espécies de nematóides: Contracaecum sp. e Eustrongylides ignotus, em estágio larvar e Procamallanus (Spirocamallanus) hilarii em estágio adulto. Contracaecum sp. foi a espécie dominante com maiores valores de abundância, prevalência, freqüência de dominância e dominância relativa média. Os parasitos de H. malabaricus apresentaram padrão típico de distribuição agregado. A comunidade de nematóides observada pode ser caracterizada como pouco diversa e com baixa uniformidade na distribuição. A prevalência e a abundância totais correlacionaram-se positivamente ao comprimento total, mesmo resultado obtido quando considerado a prevalência e a abundância de E. ignotus e Contracaecum sp.. Não foi observada influência do parasitismo no fator de condição relativo dos peixes. No presente trabalho a mudança da dieta durante a ontogênese de H. malabaricus e o ambiente do reservatório parecem ser os principais fatores que contribuíram para a estrutura comunitária de parasitos.

Ficha de Phenacogaster tegatus

“…No Brasil, Phenacogaster tegatus ocorre na bacia do rio Paraguai, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (Menezes et al, 2000;Carvalho et al, 2002;Veríssimo et al, 2005;Silva et al, 2010;Ferreita et al, 2017). Phenacogaster tegatus é encontrada em áreas de cabeceira e é predada por Hoplias malabaricus no rio Vermelho, no Pantanal, estado de Mato Grosso do Sul (Carvalho et al, 2002). Phenacogaster tegatus distribui-se na bacia do rio Paraná, na Argentina, e na bacia do alto rio Paraguai, no Paraguai e no Brasil, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.…”

Registro De Canibalismo Em Traíras (Hoplias Malabaricus Bloch 1794), Uma Experiência Focal

“…As traíras são peixes predadores oportunistas (CARVALHO et al 2002) e essa característica está expressa em todos os seus estágios de desenvolvimento: Enquanto os alevinos tendem a comer mais insetos (CARAMASCHI, 1979;WINEMILLER, 1989;MORAES & BARBOLA, 1995), os adultos se tornam primariamente piscívoros e podem ingerir peixes de todos os tamanhos, até de grande porte (LOWE-MCCONNELL, 1987;WINEMILLER, 1989;RESENDE et al, 1996;ALMEIDA et al,1997;LOUREIRO & HAHN 1996). Apesar desta descrição, as traíras podem facilmente adaptar sua alimentação de acordo com a disponibilidade de alimento (POMPEU & GODINHO, 2001;CARVALHO et al 2002). A espécie possui hábitos noturnos e crepusculares (PAIVA, 1974;SABINO & ZUANON, 1998), mas já foi registrada alimentando-se durante o dia por LOUREIRO & HAHN (1996) e juntamente do registro feito no presente trabalho, a espécie aparenta ter uma tendência à atividade alimentar diurna.…”

A checklist of metazoan parasites from albacore Thunnus alalunga (Bonaterre, 1788)

“…The dispersion pattern of the parasites has been considered of great importance to the population dynamics of the parasite-host relationship, 1,2 and the parasitic abundance dependent processes influence on survival and fertility of hosts. 3 Generally, the damage caused to the host by parasitic diseases is related to the species of parasite, its form of feeding, organ or tissue of the affected host, intensity of the parasitism and to the general state of the host.…”