Aspectos mórfico-sintáticos e a funcionalidade do artigo como construtor do texto

Abstract

<jats:p>O artigo é, dentre as categorias gramaticais, uma das mais expressivas, porém nem sempre explorado. Alguns autores tiram-no da passividade e dão-lhe um tom aguerrido e múltiplo. A presença do artigo definido traz reforço aos nomes abstratos pluralizados, acentuando-lhes a vaguidade; assim como sua omissão esvazia as arestas de nomes concretos, gerando sigmatização. O artigo cria também uma função rítmica e tem um papel intensificante em nível entoativo, uma vez que o acento tonal reforça o conteúdo substantivo. E um texto produzido por meio de uma pontuação lógica, ausente o sistema afetivo, traduz tons afetivos, tons intensivos, se manipuladas habilmente as estruturas mórfico-sintáticas. Sob a luz dos estudos de Macambira (1974), Cressot (1969), Borba (1971), Brik (1978), Paiva (1961), Pimpão (1942), propomos discutir o uso e a função do artigo sob o ponto de vista mórfico e sintático bem como sua funcionalidade dentro do texto: a superlativação, a enfatização, a entoação. Assim, a carta Ao Sr. E. Mollinet, na Correspondência de Fradique Mendes, de Eça de Queiroz (s/d), serviu de contexto para aplicação da teoria arrolada, posto que o uso eciano do artigo contextualiza situações que indicam as condições destacadas.</jats:p>

Falsos diminutivos do português brasileiro e seu reconhecimento em um dicionário computacional de livre acesso

“…Nos estudos descritivos da língua, os sufixos -inho/-inha são analisados de maneira aprofundada, a partir de diferentes perspectivas teórico-metodológicas, considerando a sua complexidade e usos reais. Alves (2006), em sua investigação de cunho funcional-discursivo, por exemplo, atribui três valores para o sufixo -inho: tamanho/quantidade/intensidade reduzida, afetividade e avaliação positiva ou negativa, ressaltando a importância da atribuição do sufixo como uma estratégia comunicativa e considerando fatores extralinguísticos para a sua interpretação. Por sua vez, o estudo pragmático de Moraes e Oliveira (2010), com a análise de um programa de televisão, aponta para a classificação dos usos dos lexemas diminutivos em sete categorias: afetividade, ênfase, ironia, tamanho reduzido, uso pejorativo, eufemismo e significação própria sem ligação com a palavra de origem.…”