A crise gerada pela pandemia impactou diversos fatores da vida cotidiana das pessoas e promoveu mudanças que propiciaram o aumento do estresse. Esta situação chama atenção para possíveis complicações psiquiátricas, não apenas em pacientes que já foram infectados pelo vírus, mas também em toda a população que precisou lidar com as medidas implementadas pelo governo. Dessa forma, esse estudo baseia-se em avaliar o comprometimento imunológico populacional associado a condições de estresse perante a pandemia da COVID-19. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa a partir do levantamento de dados nacionais e internacionais das seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Google Scholar. No estudo foi observada a relação do sistema nervoso, imunológico e endócrino, alterando mecanismos nos circuitos imunes neuroendócrino e acarretando danos à saúde pelos processos de estresse de isolamento social. Houve aumento da expressão de genes pró-inflamatórios e diminuição da expressão de genes antivirais aumentando riscos de complicações da COVID-19 devido alterações na transmissão de citocinas. O estresse e a COVID-19 elevam a secreção de IL-6, citocina que está associada à morte nos casos de COVID-19. Em profissionais da saúde houve alterações nas células imunológicas após serem expostos a fatores estressantes. Diante dos resultados obtidos, constatou-se que o estresse durante a pandemia afetou o sistema imunológico alterando a resposta contra o SARS-CoV-2, aumentando a patogênese viral.