Objetivo: Articular perspectivas teóricas e metodológicas relacionadas à Resiliência Financeira Governamental (RFG), considerando sua estrutura conceitual e visando sua mensuração.
Abordagem Teórica: O ensaio abordou pressupostos teóricos que mostram aderência à estrutura conceitual da RFG e foram discutidos potencialidades e desafios ao se transpor metodologias de mensuração da resiliência de outras áreas do conhecimento.
Resultados: Foram destacadas similaridades e disparidades entre a estrutura conceitual da RFG e as Teorias da Gestão de Cortes, dos Sistemas Abertos e da Complexidade. Quanto à mensuração, algumas potencialidades referem-se à obtenção de medida que represente a situação dos governos sob a ótica da RFG. Os principais desafios decorrem das distinções entre o ambiente natural (origem da resiliência) e o ambiente social (aplicação da RFG), podendo ser conceituais, relacionadas ao grau de precisão do que se quer medir, ou metodológicas, que tratam da obtenção de dados confiáveis e significativos.
Originalidade/Relevância: Considerando as lacunas da baixa teorização nos estudos da RFG, que pode ser vista como uma fragilidade epistemológica, e da ausência de metodologias para medir a RFG, o ensaio visou ampliar o debate, orientar novas possibilidades dialógicas entre teorias e estrutura conceitual e possibilitar a identificação de elementos não captados nos estudos anteriores.
Contribuições teóricas/metodológicas: A teorização da RFG e o desenvolvimento de medida para avaliá-la podem contribuir nos campos acadêmico e prático, com a ampliação dos estudos e a potencial aplicação de um índice como ferramenta de gestão na evidenciação dos níveis de vulnerabilidade e capacidades, visando fortalecimento dos governos face às crises.