Aspectos reprodutivos e resolução cirúrgica da distocia em primatas não-humano

Abstract

Os primatas não-humanos, bem como as demais espécies selvagens, demandam que mais pesquisas sejam desenvolvidas com o objetivo de proporcionar o conhecimento da sua biologia reprodutiva e métodos de manejo aplicados à reprodução, dentre elas a cesariana é critério de eleição em alguns casos de distocia, onde há dificuldade no momento do parto por origem materna ou fetal. A pelvimetria radiográfica vem sendo empregada como método de diagnóstico nesses casos, além da ultrassonografia. Portanto, o manejo reprodutivo como a cesárea, pode auxiliar na diminuição da taxa de mortalidade, contribuindo também na preservação e outras técnicas que distribuem sua diversidade genética, assim, reduzindo o número de espécies ameaçadas, mantendo uma população biologicamente viável.

Acompanhamento pré-natal em cadelas

“…As distocias são as principais emergências obstétricas em cadelas, essas ocorrem quando há algum problema em relação a expulsão dos fetos ou alguma complicação em relação ao tempo correto de início do parto, sendo que 75% dos casos de distocias são de origem materna como anomalias anatômicas, fraturas ou crescimento de massas anormais de tecidos moles. As distocias de origem fetal podem ser devido à má conformação fetal ou crescimento exagerado dos fetos, por exemplo (Andrade & Magalhães, 2020;Luz et al, 2005;Santana et al, 2021).…”

Morfometria em mamíferos: bases anatômicas, aplicações clínico-cirúrgicas e forenses - revisão de literatura

“…Em primatas fêmeas o aparelho reprodutor é constituído pelo útero, tubas uterinas, ovários, vagina e vulva; e o útero se localiza na pelve entre a vesícula urinária e dorsalmente ao intestino delgado (Santana, 2021). No cão, a abertura pélvica cranial é bastante oblíqua, sendo que o pécten do púbis se posiciona na altura do sacro ou atrás dele.…”

“…Além da radiografia convencional, à pelvimetria radiográfica na qual é a feita a determinação métrica das dimensões pélvicas, vem sendo utilizada como forma profilática de complicações que podem acontecer durante o parto, permitindo também, a classificação anatômica e obstétrica da pelve, são mensurados o diâmetro biilíaco superior (DBIS); diâmetro biíliaco inferior (DBII); diâmetro biilíaco médio (DBIM); diâmetro diagonal direito (DDD); diâmetro diagonal esquerdo (DDE); diâmetro sacropúbico (DSP) e área de entrada da pelve (AEP) (Santana et al, 2021). Diferentes técnicas de imagem têm sido empregadas para a pelvimetria, por exemplo: ultrassom, raio X, ressonância magnética e a tomografia computorizada, sendo esta última a técnica que demonstra mais precisão e qualidade de suas imagens (Vázquez-Barragán et al 2016).…”

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“…Associada a ela, pode-se utilizar o gluconato de cálcio. Nas situações de distocia em que o tratamento medicamentoso não foi eficaz, ou não poderá ser realizado, o procedimento de escolha é a cesariana (Lúcio, 2008).…”