O anticonsumo vem crescendo entre os consumidores em diferentes culturas, como os países emergentes da América Latina. Tais países apresentam economias subdesenvolvidas e com grande desigualdade social, o que torna pertinente investigar a relação entre a classe social do indivíduo e a adoção do anticonsumo, mediada pela satisfação com a vida, bem-estar financeiro e privação material. Empregou-se um estudo exploratório-descritivo, de natureza quantitativa e de corte único. Utilizou-se os dados da Latinobarómetro (2017), com uma amostra de 17.608 indivíduos, para empregar uma análise mediação multivariada. Os resultados evidenciam que indivíduos mais satisfeitos e com melhor bem-estar financeiro possuem maior propensão a adotar o movimento de redução do consumo. Em semelhança, a privação material aumenta a propensão de adotar o anticonsumo. Esses resultados contribuem para evidenciar algumas determinantes que impactam o estilo de vida de redução do consumo em países emergentes.