O artigo apresenta uma versão modificada do método GOD (FOSTER et al., 2006), para a medição da vulnerabilidade de aquíferos. O método pondera o grau de confinamento da água subterrânea; a litologia geral dos estratos de cobertura; e a distância até o nível freático ou até o teto do aquífero confinado. A área de estudo é a bacia hidrográfica do Rio do Peixe, situada na região do Médio Oeste de SC, Brasil. Neste estudo, a densidade de lineamentos e a espessura e textura dos solos foram analisadas, em substituição aos descritores do método GOD. Para calcular o risco de contaminação do Sistema Aquífero Serra Geral (SASG), foram obtidas informações sobre o uso da terra. Cruzando o mapa de densidade de lineamentos com o mapa de vulnerabilidade dos solos, foi possível delimitar áreas de maior ou menor vulnerabilidade intrínseca. O mapa do grau do risco de contaminação é o resultado da combinação do mapa de vulnerabilidade intrínseca com o mapa do risco potencial de contaminação. O mapa de vulnerabilidade intrínseca mostra que áreas com maior densidade de fraturas, falhas ou diques, coincidem com as áreas de solos menos espessos e de característica menos argilosa, resultando assim em áreas de alta ou muito alta vulnerabilidade. As áreas com maior potencial de risco de contaminação são ocupadas pelos corpos d'água, as urbanizadas e as cultivadas.