Introdução: a detecção da reabsorção da raiz dentária é realizada por meio de exames de imagens, pois frequentemente não apresenta sinal e sintoma clínicos. Dentre os exames de imagem disponíveis, o exame radiográfico periapical, é indicado para diagnóstico, prognóstico e acompanhamento da reabsorção radicular. Objetivo: o estudo tem como objetivo investigar a relação de diferentes resoluções espaciais com o diagnóstico de reabsorção radicular. Metodologia: foram realizados desgastes simulando reabsorção externa no terço apical e vestibular de 15 (quinze) incisivos inferiores, radiografados em crânio seco, antes e depois do desgaste. A técnica radiográfica foi realizada utilizando o sistema VistaScan (Durr Dental, Bietigheim-Bissingen, Germany), aparelho CS 2200 (Carestream Dental LLC, Atlanta-GA, USA) usando tempo de exposição de 0,15 segundos e escaneadas sob diferentes protocolos de resolução espacial, a saber, 20 pares de linhas por milímetro (pl/mm) e 40 pl/mm. Posteriormente dois avaliadores experientes fizeram análises das referidas imagens sem conhecimento prévio da resolução de escaneamento. Resultados: 75% das radiografias realizadas com 20 pl/mm foram classificadas como excelentes pelos avaliadores, contra 33% com 40 pl/mm, estatisticamente significativa. Discussão: ao avaliar a reabsorção radicular, obteve-se uma acurácia diagnóstica igual para os dois protocolos sem distinção, estatisticamente significativa, entre localização ou profundidade. Conclusão: tendo em vista que para os examinadores imagens com 20 pl/mm foram satisfatórias, com percentual de qualidade maior quando comparado a imagens obtidas com 40 pl/mm, este estudo indica o emprego de imagens com 20 pl/mm para avaliação inicial de suspeita de reabsorções nas raízes dentárias.