Introdução: A Síndrome Coronariana Aguda é responsável por mais de um milhão das internações hospitalares por ano. Pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2 possuem um fator de risco aumentado para desenvolver tal síndrome. Os inibidores do co-transportador sódio glicose tipo 2 (SGLT2), medicação inicialmente desenvolvida como hipoglicemiante, vêm apresentando respostas favoráveis à proteção de eventos cardiovasculares nesta população. Objetivo: Esta revisão busca avaliar o benefício do uso de inibidores da SGLT2 em pacientes com doença arterial coronariana e sua relação com os desfechos clínicos (mortalidade e tempo de internação). Método: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com levantamento de dados nas bases: Scielo, e MEDLINE. Incluíram-se artigos completos, nas linguagens inglês, português e espanhol, publicados a partir de 2005. Foram excluídos trabalhos duplicados, com fuga do objetivo, incompletos e em outros idiomas. Um total de 51 estudos compuseram esta revisão. Resultados e Discussão: Os inibidores SGLT2 são uma classe de agentes hipoglicemiantes que reduzem a reabsorção de glicose nos tubos renais proximais, aumentando a excreção urinária de glicose por meio de um mecanismo independente de insulina. Essas drogas são conhecidas por aliviar o estresse oxidativo e a disfunção endotelial, regular negativamente a inflamação sistêmica e a atividade simpática, estimular a produção de eritropoetina, melhorar a energia do coração e reduzir a pré-carga, a pós-carga e a massa ventricular. Embora seu impacto nos resultados ateroscleróticos em grandes estudos de resultados cardiovasculares tenha sido mínimo, essas propriedades deveriam, em teoria, ser benéficas para pacientes com síndrome coronariana aguda. Conclusão: inibidores da SGLT2 parecem promissores no tratamento de síndrome coronariana aguda, podendo ser capaz de melhorar a sobrevida e os desfechos nesta população.