A presente pesquisa teve como objetivo comparar o desempenho do coagulante natural extraído da semente da Moringa oleifera com o desempenho do coagulante químico Sulfato de Alumínio no tratamento de água, e verificar a melhor granulometria da areia utilizada no processo de filtração direta. Para tal, foram realizados ensaios no equipamento Jar-Test seguido de filtração descendente direta. A concentração para ambos os coagulantes foi de 300 mg.L-1. Para a filtração foram utilizadas três granulometrias distintas: G1 (até 0,425 mm), G2 (0,425 a 0,850 mm) e G3 (0,850 a 1,70 mm). Os parâmetros analisados foram: pH, cor aparente, turbidez e condutividade elétrica. Os valores de pH, apesar da discreta variação, permaneceram dentro do padrão exigido pela Portaria n05 da Consolidação. A condutividade elétrica sofreu um aumento para ambos os coagulantes devido a presença de sais e proteínas (no caso da Moringa oleifera), e íons de alumínio (no caso do Sulfato de alumínio) na água tratada. Após o processo de filtração a eficiência de remoção de cor aparente dos coagulantes aumentou significativamente, tendo a granulometria G3 apresentado o melhor resultado para o coagulante orgânico (98%) e G2 apresentado melhor resultado para o coagulante inorgânico (96%). O tratamento utilizando o extrato da semente de Moringa oleifera associado à filtração com granulometria G3 (0,850 a 1,70 mm) foi a associação que obteve os resultados mais satisfatórios, comprovando a eficiência do coagulante orgânico associado ao processo de filtração no tratamento de água.