Associação entre comportamento alimentar e ganho de peso em estudantes universitários na pandemia da COVID-19

Abstract

Objetivo: avaliar o ganho de peso e fatores associados em estudantes universitários durante a primeira onda de COVID -19. Método: trata-se de um estudo transversal realizado no primeiro semestre de 2020, por meio de um questionário semiestruturado online com estudantes de graduação de uma universidade do Sudeste brasileiro, analisando-se por estatística descritiva e inferencial. Resultados: foram avaliados 876 estudantes (idade: mediana 22±5 anos). Apresentar aumento no apetite ampliou em cerca de 2,5 vezes as chances de ganho de peso, enquanto mudanças na alimentação e preocupar-se com o ganho de peso dobrou essas chances. A obesidade aumentou as chances de ganho de peso em 276%. Em contrapartida, maior pontuação na subescala “Comer por razões físicas e não emocionais” do comer intuitivo associou-se com chances menores dos estudantes apresentarem esse ganho. Conclusão: esses dados apontam a necessidade de estratégias baseadas em uma alimentação intuitiva para minimizar os impactos da pandemia no comportamento alimentar de estudantes universitários.

Levantamento epidemiológico dos fatores de risco para o desenvolvimento de Diabetes Mellitus tipo 2 em estudantes da UFDPAR e sua correlação com as políticas de isolamento durante a pandemia da COVID-19

“…A mudança da alimentação está ligada ao maior índice de aumento do peso encontrado na pesquisa (representada no Gráfico 2), dado que acompanha o artigo de Marchitelli et al (2020). Santos et al (2022) apregoa em seu estudo que mudanças radicais na alimentação durante o período de isolamento social podem estar intimamente ligadas a sentimentos causados pela alteração brusca da rotina, bem como estresse, frustração, incertezas socioeconômicas e de saúde coletiva (Brooks et al, 2022).…”

“…Tais mudanças podem ter como resposta um maior consumo de energia, levando a padrões alimentares não saudáveis, aumento no consumo de álcool e tabaco e redução nos índices de atividade física (Deschasaux-Tanguy et al, 2020). Em situações de tensão, ansiedade e estresse, as escolhas alimentares costumam estar associadas a condições emocionais, dificultando também o controle calórico diário (Santos et al, 2022;Albuquerque et al, 2022).…”