O objetivo da presente pesquisa foi analisar os impactos do estresse ocupacional sobre a saúde mental de profissionais da saúde. Como metodologia, realizou-se uma revisão sistemática, sob a orientação das diretrizes do PRISMA. O levantamento dos artigos ocorreu nas plataformas Scielo e Google Acadêmico, englobando a utilização de palavras-chave em associação com operadores booleanos “AND” e “OR”. Os critérios de inclusão incluíram somente artigos científicos brasileiros publicados entre os anos de 2020 e 2023, sendo que a análise foi realizada em duas etapas: triagem inicial e triagem completa. Como resultado, constatou-se que os estudos enfatizam não apenas os efeitos psicológicos, mas também as repercussões tangíveis na saúde física e na qualidade do atendimento. Os profissionais da saúde, especialmente enfermeiros, enfrentam uma carga significativa de estresse, agravada por fatores como a pandemia da COVID-19, precariedade das condições de trabalho e conflitos interpessoais, resultando em desgaste biopsíquico, ansiedade, desgaste, sofrimento psíquico, comprometimento do sistema imunológico e problemas gastrointestinais. A interconexão entre o estresse ocupacional, o adoecimento e os desafios na prestação de serviços de saúde destaca a importância da saúde mental na eficácia do cuidado aos pacientes. A heterogeneidade das experiências relacionadas ao estresse, destacada nas diferenças de gênero, raça e contextos de trabalho, ressalta a necessidade de abordagens personalizadas na promoção da saúde mental. As propostas de prevenção primária, com modificações estruturais no ambiente de trabalho e intervenções educativas, sublinham a importância de agir nas raízes do problema. Conclui-se a urgência de implementar medidas específicas para promover o bem-estar e construir ambientes de trabalho saudáveis e sustentáveis para os profissionais de saúde.