Introdução: As cardiopatias congênitas na infância, são definidas como malformações estruturais do coração que estão presentes desde o nascimento. Tem-se a Comunicação Interatrial (CIA), a Comunicação Interventricular (CIV), a Tetralogia de Fallot, a Transposição das Grandes Artérias (TGA), a Persistência do Canal Arterial (PCA), a Coarctação da Aorta e a Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico (SCEH). O diagnóstico pode ser feito ainda durante a vida intra uterina, após o nascimento, durante o período neonatal ou de forma mais tardia. Em situações de CIA, CIV, Tetralogia, TGA, Coarctação da Aorta e SCEH, podem ser indicadas intervenções cirúrgicas precoces. Enquanto, em casos de CIA e CIV pequenas, de PCA e de Coarctação leve de Aorta, o tratamento pode ser clínico. Apesar de o tratamento dessas afecções ter evoluído, para garantir um prognóstico favorável é imprescindível que seja feito diagnóstico e assistência médica precoces. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Os descritores utilizados foram “cardiopatias congênitas”, “cardiopatias acianóticas” e "cardiopatias cianóticas” e as bases de dados selecionadas foram a National Library of Medicine (PubMed) e o Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Após a análise, foram selecionadas 15 referências. Desenvolvimento: A CIA e a CIV ocorrem devido a uma falha no desenvolvimento do septo interatrial e interventricular, respectivamente, durante a gestação. A Tetralogia de Fallot é caracterizada por quatro defeitos: estenose pulmonar, CIA, hipertrofia ventricular direita, posição anormal da aorta. Na transposição das grandes artérias, a aorta e a artéria pulmonar, estão trocadas de posição. Há, ainda, a persistência do canal arterial, que ocorre quando o canal arterial permanece aberto após o nascimento. Já a coarctação da aorta é caracterizada por uma estreitamento da aorta, geralmente localizada próxima ao arco aórtico, que causa um aumento da resistência vascular sistêmica e hipertensão arterial. Por fim, há a Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico, em que o lado esquerdo do coração não se desenvolve adequadamente. O prognóstico destas afecções depende do tamanho da anomalia, sua localização, da presença de sintomas e do tratamento adequado. Caso não sejam tratadas, podem levar a complicações cardíacas, como hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca. No entanto, se tratadas precocemente, geralmente têm um bom prognóstico, com poucas complicações a longo prazo. Conclusão: É importante que o diagnóstico e o tratamento sejam precoces para a prevenção de complicações graves e para a melhora da qualidade de vida das crianças afetadas. A detecção precoce permite a escolha do tratamento mais adequado e aumenta as chances de sucesso.