Introdução: A depressão pós-parto é um transtorno psicológico que afeta mulheres após o nascimento de um bebê, caracterizado por sentimentos persistentes de tristeza, desesperança, exaustão e ansiedade, que podem prejudicar a capacidade de cuidar do recém-nascido e de si mesma. Dentre os sinais de DPP, se encontram a tristeza profunda, a perda de interesse em atividades diárias, a fadiga extrema, insônia ou dormir muito tempo, irritabilidade, sentimento de inutilidade, incapacidade de se concentrar e, em cenários mais extremos, pensamento de morte ou suicídio. Em geral, a identificação é através do Escala de Depressão pós-parto de Edimburgo e demais protocolos do Ministério da Saúde. Objetivo: Analisar os desafios enfrentados pelo enfermeiro para identificação dos sinais de depressão pós-parto em puérperas. Método: Estudo de revisão da literatura, descritivo e qualitativo, com base nas obras encontradas nas plataformas SCIELO, LILACS e BDENF, publicadas entre os anos de 2014 e 2024. Resultados: Foram encontrados 34 estudos nas bases de dados, mas somente 6 foram incluídos na amostra final. Conclusão: Observou-se que a má aplicação dos protocolos de identificação se apresenta como o principal desafio na detecção e manejo da depressão pós-parto (DPP). A dificuldade dos enfermeiros em reconhecer os sinais e sintomas de transtornos psíquicos, entendendo-os como parte de seu papel na triagem inicial, contribui para o atraso no diagnóstico e encaminhamento adequado ao psicólogo ou psiquiatra. A falta de educação continuada dos profissionais e a pouca ênfase dada ao sofrimento mental puerperal na formação inicial são fatores que necessitam de atenção.