Objetivo: Identificar a proporção de estudantes de medicina de uma universidade pública com sintomas de depressão, ansiedade, insônia, má qualidade do sono, e seus fatores determinantes. Métodos: Trata-se de um estudo transversal do tipo survey. Foi enviado um formulário com questões sociodemográficas e os questionários de qualidade do sono de Pittsburgh, sonolência de Epworth e ansiedade e depressão de Beck. A coleta de dados ocorreu entre agosto de 2021 e janeiro de 2022. Foi feita análise estatística descritiva e cálculo de medidas de associação. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: A amostra contou com 53 estudantes, predominando mulheres (52,8%), com idades entre 18 e 29 anos (84,9%), e de raça branca (67,9%). Os sintomas de depressão e ansiedade foram reportados por 83% e 50,9% dos participantes, respectivamente. Observou-se sonolência excessiva diurna em 15% dos estudantes, enquanto 77,4% pontuaram para má qualidade do sono. Demonstrou-se uma correlação positiva moderada entre sintomas de saúde mental e a escala de Pittsburgh. Os sintomas de depressão aumentaram a probabilidade de má qualidade do sono (OR 28,4; IC 95% 1,75-149). Conclusão: Na população de estudantes de medicina, os sintomas de depressão podem comprometer negativamente a qualidade do sono.