Objective: To evaluate the clinical usefulness of urinary N-acetyl-beta-D-glucosaminidase (NAG) excretion for the detection of early tubular damage in type 2 diabetes mellitus (T2DM). Subjects and methods: Thirty six patients with T2DM were divided into two groups based on urinary albumin to creatinine ratio (ACR): normoalbuminuria (ACR < 30 mg/g; n = 19) and microalbuminuria (ACR = 30-300 mg/g; n = 17). The following parameters were determined in both groups: urinary NAG and albumin, serum and urine creatinine, fasting plasma glucose and glycated hemoglobin (HbA 1c ). Results: Urinary NAG levels [Units/g creatinine; median (range)] were significantly increased in microalbuminuria group [17.0 (5.9 -23.3)] compared to normoalbuminuria group [4.4 (1.5 -9.2)] (P < 0.001). No differences between groups were observed in fasting glucose, HbA 1c , serum creatinine levels and estimated glomerular filtration rates (eGFR). Urinary NAG positively correlated with ACR (r = 0.628; p < 0.0001), while no significant association was observed between NAG and glycemia, HbA 1c , serum creatinine and eGFR.
RESUMOObjetivo: Avaliar a utilidade clínica da excreção urinária da N-acetil-beta-D-glucosaminidase (NAG) para a detecção de dano tubular precoce no diabetes melito tipo 2 (DM2). Sujeitos e méto-dos: Foram estudados trinta e seis pacientes com DM2 que se dividiram em dois grupos com base na excreção urinária de albumina (EUA): normoalbuminúrico (EUA < 30 mg/g de creatinina; n = 19) e microalbuminúrico (EUA = 30-300 mg/g de creatinina; n = 17). Em ambos os grupos foram determinados os seguintes parâmetros: NAG e albumina urinária, creatinina sérica e urinária, glicemia de jejum e hemoglobina glicada (HbA 1c ). Resultados: Os níveis de NAG urinária [unidades/g de creatinina; mediana (intervalo interquartílico)] foram significativamente maiores no grupo microalbuminúrico [17,0 (5,9 -23,3)] em comparação com o grupo normoalbuminúrico [4,4 (1,5 -9,2)] (p < 0,001). Não se observaram diferenças significativas entre os dois grupos nos níveis de glicemia de jejum, HbA 1c , creatinina sérica e taxa de filtração glomerular estimada (TFGe). A NAG urinária se correlacionou positivamente com o EUA (r = 0,628, p < 0,0001), não sendo observada associação significativa da NAG com glicemia, HbA 1c , creatinina sérica e TFGe. Conclusões: O aumento da NAG urinária na fase de microalbuminúria da nefropatia diabética (ND) sugere que a disfunção tubular já está presente nesse período. A associação positiva significativa entre a excreção urinária da NAG e EUA indica a possível aplicação clínica da NAG urinária como marcador complementar para a detecção precoce da ND no DM2. Arq Bras Endocrinol Metab. 2014;58(8):798-801 Descritores Nefropatia diabética; diabetes melito tipo