A tricomoníase felina é uma doença emergente, cujo patógeno, Tritrichomonas foetus, foi reconhecido nas últimas décadas, anteriormente, sendo atribuída à Giardia spp. devido às suas semelhanças morfológicas e sintomatologia análoga. Nos felinos, o principal sintoma é a diarreia. Essa condição é decorrente de um processo inflamatório no intestino grosso (colite), podendo ser crônica ou intermitente. As fezes podem apresentar odor fétido, presença de muco e, eventualmente, estrias de sangue, bem como coloração verde-amarelada. O animal também pode manifestar anorexia, êmese, perda de peso, tenesmo e flatulência. A transmissão ocorre através da ingestão dos trofozoítos, via fecal-oral e por meio do grooming. Animais que vivem em ambientes de elevada densidade populacional são mais propensos a desenvolver a infecção em comparação com aqueles que não vivem em ambientes multi-gatos. A precisão do diagnóstico pode ser reduzida devido às semelhanças morfológicas entre os protozoários dos gêneros Giardia e Tritrichomonas, tornando essa enfermidade, muitas vezes, subdiagnosticada. A eficácia do tratamento não depende apenas do diagnóstico preciso da enfermidade, mas também da suscetibilidade do patógeno aos fármacos. O diagnóstico precoce, tratamento apropriado e práticas de manejo adequado são essenciais para a resolução desta enfermidade. Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo compilar informações sobre a tricomoníase em gatos domésticos.