Objetivo: Avaliar o perfil dos neonatos com idade gestacional ≥ 35 semanas com anóxia perinatal na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de uma maternidade privada de Aracaju, Sergipe. Metodologia: Trata-se de um estudo clínico observacional, de caráter descritivo e transversal. Utilizou-se amostra de conveniência, composta por todos os recém-nascidos com idade gestacional ≥ 35 semanas internados na UTIN de 01 janeiro de 2019 até 31 de dezembro de 2020. Foram excluídos os neonatos fora da idade gestacional do estudo e prontuários incompletos. O escore de Apgar menor que 7 no 5º minuto foi utilizado para definir anóxia neonatal (AN). A análise utilizou os testes Qui-Quadrado de Pearson, exato de Fisher, Shapiro-Wilk, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, além de dados descritivos. Aplicou-se nível de significância de 5%. Resultados: A amostra final foi de 127 crianças, majoritariamente do sexo masculino (63,7%), com peso normal ao nascer (75,2%) e peso adequado para idade gestacional (79,6%). O peso médio e idade gestacional média foram 2.982,7 gramas (± 649,5) e 37,5 semanas (± 1,6), respectivamente. Os grupos com e sem AN não apresentaram diferenças epidemiológicas significativas. Foi encontrado maior risco de anoxia em nascidos por via vaginal (p=0,001) e naqueles com eventos perinatais agudos (p=0,003). Tamanho pequeno para idade gestacional foi fator de risco para o desfecho óbito. Conclusão: Eventos perinatais agudos e parto vaginal são fatores de risco para AN. Recém-nascidos pequenos para idade gestacional apresentam piores desfechos. Futuros estudos discriminando os tipos de parto para análise de associação com AN podem ser úteis.