Introdução: O planejamento dos cuidados para manejo adequado de sintomas, baseado na autonomia, desejos e valores do paciente em cuidados paliativos, tem como recurso de auxílio importante as Diretivas Antecipadas de Vontade (DAVs). A aplicação das DAVs pode ser uma ferramenta de auxílio na concordância entre desejos de cuidados em fim-de-vida expressos pelos pacientes, tomada de decisões compartilhadas entre paciente, família, médicos e demais profissionais da equipe de saúde, e consequentemente influenciar para uma melhor qualidade de morte dos pacientes. Objetivo: Avaliar os efeitos das DAVs na qualidade de morte de pacientes em cuidados paliativos. Métodos: Estudo de revisão integrativa utilizando as bases de dados Pubmed/Medline, LILACS e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A pesquisa foi conduzida considerando os termos “Advance directives” and "palliative care" and “death”. Resultados: Após análise de elegibilidade foram incluídos 16 estudos. A metodologia observacional do tipo coorte retrospectiva foi predominante (n=9). Notou-se que, dos artigos incluídos, 12 deles responderam diretamente à pergunta de pesquisa, e destes 11 artigos confirmaram efeitos positivos na qualidade de morte e na diminuição de intensidade de procedimentos hospitalares em fim-de-vida. Conclusão: A realização das DAVs o mais precoce possível com qualidade nas informações prestadas e comunicação adequada, possibilita uma tomada de decisão compartilhada em relação aos desejos, cuidados e opções terapêuticas para o fim-de-vida. O planejamento de cuidados quando discutido podem promover uma diminuição dos cuidados agressivos recebidos em final de vida, e uma melhor qualidade de morte.