Atendimento de saúde à pessoas hipertensas e diabéticas: percepção de enfermeiros/ Health care for hypertensive and diabetic people: nurses’ perception

Abstract

Objetivo: conhecer a percepção de enfermeiros em relação à atenção às pessoas com hipertensão e/ou diabetes na Atenção Primária a Saúde (APS). Método: trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, desenvolvida com 14 enfermeiros vinculados a municípios de uma regional de saúde do Paraná/BR. A coleta dos dados ocorreu no mês de setembro de 2021 por meio da técnica participativa intitulada Painel Integrado, a partir de quatro questões norteadoras, mediadas por três docentes e quatro discentes. Os dados foram transcritos e submetidos a análise interpretativa. Resultados: foram identificados seis tópicos de interesse: Estratégias de atendimento; Organização das consultas de enfermagem; Desafios para a realização da consulta de enfermagem; Potencialidades para a realização da consulta de enfermagem; Desafios da Rede de Atenção as Condições Crônicas; e Potencialidades da Rede de Atenção as Condições Crônicas. Considerações finais: a percepção dos enfermeiros sobre o atendimento às pessoas hipertensas e diabéticas se dá por ações programadas e espontâneas que visam ao controle glicêmico e pressórico. As consultas de enfermagem usualmente ocorrem previamente à consulta médica e sem sistematização. Desvelou-se também que os enfermeiros reconhecem sua importância nesse contexto, porém a rotina e a alta demanda se constituem como desafios a serem vencidos a sim de melhorar a prática exercida.

Redes sociais e coordenação do cuidado em saúde de usuários com hipertensão e diabetes mellitus

“…A frágil densidade tem sido observada em estudos realizados na APS, apoiados pela ARS. Nesses, observam-se como fatores que cooperam para isso o processo comunicativo deficiente, a rotatividade do profissional médico da eSF pela dificuldade de sua fixação em territórios hostis e de difícil acesso, o fato das equipes serem incompletas, a ausência de reuniões de planejamento e discussão de casos, os conflitos interpessoais, os interesses distintos e a falta de conhecimento sobre o papel da APS na Rede de Atenção em Saúde (RAS) (6)(7)(8) .…”

“…A coordenação do cuidado implica estabelecer conexões de modo a alcançar o objetivo maior de prover/atender às necessidades e preferências dos usuários na oferta de cuidados, com elevado valor e qualidade (2) . Na APS, ela envolve cuidado assistencial e relação pessoal de longa duração (rede social) entre os profissionais de saúde e os usuários adscritos às eSF (1) , tendo como benefícios melhor atenção preventiva à saúde, com consequente diminuição da incidência de doenças; maior controle das doenças e seus agravos, com atenção mais adequada e oportuna; aumento do reconhecimento dos reais problemas de saúde dos usuários; e melhor utilização dos serviços de saúde, com redução do número de internações hospitalares (8) . Observa-se que, quanto maior a multiplicidade de pessoas e serviços envolvidos na provisão do cuidado e mais complexa a intervenção para resolução de determinado problema, maior é o nível de coordenação requerido para que se alcance o resultado desejado (4) , como no caso das condições crônicas que exigem o uso simultâneo de diversos serviços.…”

Anais Do 2° Congresso Internacional Multiprofissional Em Atenção Primária À Saúde

“…Os usuários portadores de condições crônicas, como o diabetes, necessitam de um manejo adequado da enfermidade, o que, por sua vez, depende da articulação de diversas atividades, como: ações educativas baseadas em palestras e rodas de conversas para trocas de conhecimentos, a fim de empoderar o usuário em relação à sua condição de saúde, diagnóstico e respectivo tratamento, bem como a realização da estratificação de risco para a doença e as suas comorbidades, atendimentos multiprofissionais e a articulação da APS com as Redes de Atenção à Saúde (RAS) (LABEGALINI et al, 2022).…”

Análise do escore Lace na readmissão hospitalar precoce em pacientes de clínica médica

“…A readmissão hospitalar precoce é um desafio premente nos sistemas de saúde globais, não apenas por sua implicação nos custos financeiros, mas também pela qualidade do cuidado oferecido aos pacientes. Esse fenômeno é particularmente pronunciado na clínica médica, onde pacientes frequentemente enfrentam condições crônicas complexas e múltiplas comorbidades, tornando-os altamente suscetíveis a readmissões não planejadas (Anandan et al, 2023;Gomes Labegalini et al, 2022;Hoffman et al, 2019;Rising et al, 2019;Robert et al, 2021).…”