Objetivos: Conhecer as atitudes e comportamentos de saúde oral dos estudantes finalistas do curso de Medicina Dentária, estudar o seu estado e autoperceção da saúde oral e relacionar as atitudes e comportamentos com o estado de saúde oral. Métodos: A população-alvo foi constituída pelos estudantes do 5.º ano do curso de Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. Os dados foram recolhidos por um questionário sobre as atitudes e comportamentos de saúde oral, incluindo o Hiroshima University Dental Behavioural Inventory (HUDBI), e por um exame intraoral para o estudo de cárie (segundo critérios ICCMS), do nível de higiene oral (ID-S) e da hemorragia gengival (IPC modificado). Foi realizada a estatística descritiva e utilizados os testes Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e correlação de Spearman (α=0,05). Resultados: O valor médio de HUDBI foi 9,20 (DP=1,34). Quase todos os estudantes (97,8%) escovavam os dentes bidiariamente, mas apenas 23,9% utilizavam o fio dentário diariamente. A prevalência de cárie foi 97,8%, sendo o CA-6POD médio 9,5 (dp=4,3). O nível de higiene oral foi excelente em 43,5% dos estudantes. A frequência de hemorragia gengival foi de 97,7%, sendo o IPC modificado médio 0,29 (dp=0,2). Verificou-se uma associação positiva entre o consumo de alimentos açucarados e o C3-6POD (p=0,05) e entre a autoperceção da saúde oral e o C3-6POD (p=0,04). Conclusões: Os estudantes apresentaram atitudes e comportamentos positivos e bons indicadores de higiene oral e hemorragia gengival, contudo, a prevalência de cárie foi elevada.