Nos últimos anos, os transplantes de órgãos têm aumentado significativamente no Brasil, ficando apenas atrás dos Estados Unidos. O processo de doação de órgãos é complexo e se define como um conjunto de ações e procedimentos que visam a transformar um potencial doador em um doador efetivo. A pesquisa teve como objetivo: Identificar os conhecimentos, atitudes e práticas dos profissionais de saúde sobre a doação de órgãos. Tratou-se de pesquisa de abordagem qualitativa e exploratória com trinta participantes constituído por médicos, enfermeiras, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais. O recrutamento foi realizado a partir da técnica da Bola de Neve. A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada com perguntas fechadas e abertas. As entrevistas foram realizadas utilizando o Google Meet em horário previamente agendado pelo participante, respeitando a disponibilidade de cada um e em função das medidas de segurança e prevenção decorrentes da epidemia de COVID-19 como preconiza a OMS. Os dados sociodemográficos foram apresentados em forma de tabela e os de natureza pessoal foram analisados com o recurso da metodologia CAP e apresentados em forma de nuvem de palavras. Os resultados mostraram que os conhecimentos e as atitudes diferem das práticas dos participantes em relação à doação de órgãos. Conclui-se que há necessidade de se incrementar campanhas educativas a fim de aumentar as práticas positivas em prol da doação de órgãos, entre a população brasileira.