Atividade antimicrobiana e análise fitoquímica preliminar do extrato vegetal de alho no controle de fungos fitopatogênicos

Abstract

<p class="Default">As potencialidades de utilização de métodos alternativos no controle de doenças de plantas são incessantemente estudadas e avaliadas por vários pesquisadores no mundo inteiro, com o objetivo de minimizar o impacto ambiental através da utilização de produtos naturais. Este trabalho teve como objetivo traçar o perfil fitoquímico preliminar verificando a atividade antimicrobiana <em>in vitro</em> do extrato hidroalcóolico de <em>Allium sativum</em> L. contra <em>Bipolaris </em>spp., <em>Curvularia lunata</em> e <em>Fusarium subglutinans</em> através do mecanismo de pulverização na Torre de Potter. Observou-se na análise fitoquímica a presença de taninos hidrolisáveis, saponinas e flavonóides. O extrato possuiu atividade antimicrobiana sobre todos os fungos fitopatogênicos testados, com destaque para os fungos <em>Curvularia lunata</em> e <em>Fusarium subglutinans </em>nas concentrações de 40 a 50%, no entanto, o fungo <em>Bipolaris </em>spp. mostrou-se mais resistente com sensibilidade apenas na concentração máxima de 50%.</p><p align="center"><strong><em>Antimicrobial activity and analysis phytochemical preliminary extract vegetable garlic in fungi phytopathogenic control</em></strong></p><p><strong>Abstract</strong><strong>: </strong>The potential use of alternative methods in plant disease control are constantly studied and evaluated by several researchers worldwide with the aim of minimizing the environmental impact through the use of natural products. This study aimed to trace the preliminary phytochemical profile and check the <em>in vitro</em> antimicrobial activity of garlic hydroalcoholic extract in different concentrations against <em>Bipolaris</em> spp., <em>Curvularia lunata</em> and <em>Fusarium subglutinans</em> through the spray mechanism in the Potter Tower. It was observed in the presence of phytochemical analysis hydrolysable tannins, saponins and flavonoids. The extract possessed antimicrobial activity against all pathogenic fungi tested, especially the fungi <em>Curvularia</em> <em>lunata</em> and <em>Fusarium</em> <em>subglutinans</em> in concentrations of 40 to 50%, however, the fungus <em>Bipolaris</em> spp. it proved to be tougher with sensitivity only at the maximum concentration of 50%.</p><p><strong><br /></strong></p>

Propriedade antifúngica do extrato aquoso de Allium sativum frente a fungos isolados do solo

“…Estes por sua vez, estão sendo cada vez mais descritos como patógenos causadores de micoses cutâneas (Fontenele et al, 2015;Takahashi et al, 2011). Pereira et al (2010) relataram que o solo superficial está constantemente passando por modificações decorrentes de fatores externos e climáticos, alterando a colonização natural da sua microbiota, principalmente em decorrência do vento, pois este age como importante condutor fragmentando as hifas e espalhando os propágulos, enquanto que em amostras do solo profundo estas modificações ocorrem com maior dificuldade, pois o ambiente recebe menor impacto dos fatores externos, o que o torna mais propício para a proliferação de diversos tipos de microrganismos, justificando a maior incidência de fungos provenientes destas amostras nesta pesquisa (Costa et al, 2017).…”

“…A proposta da utilização dos extratos vegetais configura uma alternativa viável e ecologicamente correta, pois contribui com a preservação do solo e a redução da quantidade de agrotóxicos nos alimentos (Candido et al, 2019). Pesquisas realizadas com o extrato de alho tem indicado o seu potencial no controle de fungos patogênicos e não patogênicos, por este possuir compostos secundários que tanto podem ter ação fungicida direta, quanto na inibição de micélio e na germinação dos esporos (Leite et al, 2012;Nascimento, 2015;Costa et al, 2017).…”

“…O EA tem indicado alto potencial no controle de fungos, especialmente na inibição do crescimento de Aspergillus niger, Penicilium spp. e Fusarium oxysporum, fungos responsáveis por muitas infecções de início insidioso (Costa et al, 2017).…”

“…Conforme observado em alguns estudos in vitro, o EA apresenta atividade antibacteriana associada à alicina, uma vez que atua na inibição e destruição de bactérias gram-negativas (Caldas et al, 2019). Por conseguinte, sua utilização também resulta em alterações morfológicas nas hifas quando usada nas espécies: Pythium ultimum, Rhizoctonia solani, Colletotrichum lindemuthianum e Fusarium solani (Costa et al, 2017). Costa et al (2017) verificaram que a atividade antimicrobiana in vitro do EA de A. sativum teve início a partir da concentração de 40% frente a Fusarium subglutinans, inibindo a germinação de esporos.…”

“…Por conseguinte, sua utilização também resulta em alterações morfológicas nas hifas quando usada nas espécies: Pythium ultimum, Rhizoctonia solani, Colletotrichum lindemuthianum e Fusarium solani (Costa et al, 2017). Costa et al (2017) verificaram que a atividade antimicrobiana in vitro do EA de A. sativum teve início a partir da concentração de 40% frente a Fusarium subglutinans, inibindo a germinação de esporos. Em outro estudo, Santos et al (2010) demonstraram que a utilização do extrato de bulbilhos de alho inibiu significativamente o crescimento micelial de Aspergillus niger na concentração de 50000 mg L -1 (5%), diferente do observado neste estudo, onde o EA não apresentou atividade antifúngica sobre as cepas de A. niger isoladas.…”