“…Quanto a influencia das variáveis clínicas no desenvolvimento dos sintomas de depressão na DV, estudo que comparou as diferenças nas experiências entre cegueira congênita e adquirida, apontou que o tipo de cegueira não atua como determinante nessa sintomatologia, ambas seguem os padrões inerentes a própria condição da DV (Almeida & Araújo, 2013)� Quanto ao fator idade, este estudo concluiu que pessoas que ficaram cegas em idades mais avançadas são mais propensas a desencadear sintomas depressivos� Contudo, pesquisa de Abateneh et al (2013), afirma que a idade de acometimento de DV não está associada ao surgimento de problemas emocionais, mas que tal associação pode ser favorecida pela gravidade da DV em si, ratificado em pesquisa de Shetty e Kulkarni (2014), cujo tempo de DV não foi relacionado com a sintomatologia depressiva� No entanto, segundo este estudo, a ausência de luz nos dois olhos, pode prejudicar a saúde mental da pessoa com cegueira, sendo esse dado também observado em outra pesquisa, realizada na Etiópia, que avaliou a perda da visão e o sofrimento psicológico, ao referir que, a falta de percepção de luz em ambos os olhos foi associada ao aumento de problemas emocionais nessa população (Abateneh et al�, 2013)� A condição de acessibilidade, também, foi citada em dois outros estudos, os quais apontaram que, as dificuldades encontradas na mobilidade dos DV, pode torná-los mais vulneráveis aos sintomas depressivos, em função das restrições de acesso a que essas pessoas estão sujeitas. Portanto, segundo os autores, um dos principais desafios dessa população é conseguir desenvolver sua locomoção com maior independência e autonomia (Almeida & Araújo, 2013;Germano et al�, 2019)�…”