Estudo descritivo, com dados qualitativos teve como objetivo compreender, na perspectiva de mulheres com câncer de mama, as facilidades e dificuldades para a realização dos exercícios físicos terapêuticos, de forma remota, visando à reabilitação física, na pandemia de COVID-19. Os dados foram coletados por meio eletrônico, através de entrevistas gravadas, em dia e horários agendados. A coleta terminou quando os dados começaram a se repetir. Foi utilizada a Análise de Conteúdo. Participaram 10 mulheres de 38 a 71 anos, diagnosticadas com câncer de mama, que frequentavam um núcleo de reabilitação de mastectomizadas e que possuíam acesso às plataformas eletrônicas. Elas reconheceram como facilidades a compreensão da importância de manter os exercícios e a autonomia para escolher o melhor horário e local para sua realização. A assistência remota representou a possibilidade de evitar exposição ao vírus SARS-Cov-2, e propor uma nova maneira de atendimento sem impactar as condições econômicas e físicas. Entretanto, tiveram dificuldades para conciliar essa nova rotina com a realização dos trabalhos domésticos, sentiram-se desmotivadas sem o acompanhamento dos profissionais e das companheiras do núcleo, além de problemas de acesso às plataformas eletrônicas. Algumas substituíram os exercícios por outras atividades, na falsa ideia de que surtissem o mesmo efeito na reabilitação do câncer de mama. Concluiu-se que a realização das atividades terapêuticas remotas é benéfica, no sentido de dar continuidade à reabilitação de mastectomizadas, mesmo que à distância, porém é uma iniciativa que ainda requer aperfeiçoamento.