O envelhecimento é um processo de desenvolvimento que provoca mudanças físicas, cognitivas, comportamentais e socioemocionais. O objetivo do presente trabalho consistiu em verificar as associações entre os sintomas pré-frontais e os sintomas depressivos em idosos institucionalizados e não institucionalizados. Participaram 206 pessoas, de ambos os sexos, com idade acima de 60 anos, sendo 109 indivíduos não institucionalizados e ativos da comunidade e 97 longevos residentes em instituições de longa permanência. Os participantes responderam ao Miniexame do Estado Mental (MEEM), a Escala de Depressão Geriatra (EDG-15), ao Inventário de Sintomas Pré-frontais (ISP-16) e um questionário sociodemográfico. Os resultados revelaram que os idosos institucionalizados exibiu maior média de idade (77 anos; DP=8,3); a maioria possuía pouca escolaridade, eram, predominantemente, solteiros e sedentários. Apresentaram, também, mais déficits cognitivos (MEEM), sintomas subclínicos de depressão e pontuação maior no ISP-16, quando comparado aos não institucionalizados. Nos grupos, houve correlações positivas moderadas, estatisticamente significantes entre o ISP-16 e a EDG-15 (p<0,001) e negativa entre a escolaridade e o ISP-16 (p<0,01). A análise de regressão múltipla corroborou o papel dos sintomas depressivos como um preditor significativo da variância dos sintomas pré-frontais e o papel da escolaridade como variável de confusão. Apesar das diferenças entre os contextos de moradia, aspectos sociodemográficos e estilo de vida, os sintomas depressivos estão associados aos pré-frontais, nos grupos, de forma semelhante, visto que regulações emocionais, comportamentais e cognitivas estão interligadas.