Atresia anal com fístula retovaginal em ovino: relato de caso

Abstract

A atresia anal com fístula retovaginal, é considerada uma afecção congênita rara nos ovinos. Em virtude disso, buscou-se descrever o reparo cirúrgico e cuidados pós-operatórios em uma borrega que apresentava essa afecção. Nesse sentido, uma borrega, sem raça definida, de 25 dias de idade e pesando 7,2kg, apresentou sinais de distensão abdominal e defecação pela vulva. A afecção foi diagnosticada por meio do exame clínico e confirmada radiograficamente, constatando-se atresia anal do tipo III em associação com a fístula. A atresia anal ou imperfuração do ânus é uma anormalidade congênita associada aos desenvolvimentos embrionário ou fetal, passível de ser observada em todas as espécies. Pode se manifestar isoladamente ou estar associada a outras malformações congênitas, tais como fístula retovaginal, agenesia renal, rins policísticos, criptorquidismo, agenesia do cólon, disrafismo espinhal e agenesia sacral ou coccígea (Brown et al., 2007). Dentre as espécies animais, é mais comumente observada em bezerras e cabras (Johnson et al., 1980;Mattu et al., 1989 , citados por Singh, 2003.A atresia anal com fístula retovaginal, caracteriza-se pela comunicação entre a parede Recebido em 1 de dezembro de 2016 Aceito em 3 de fevereiro de 2017 E-mail: marinalansarini@hotmail.com dorsal da vagina e a porção ventral do reto, de modo que a defecação e a micção ocorrem por abertura comum na vulva (Johnson et al., 1985). Essa anormalidade pode ser classificada em quatro tipos: tipo I -estenose anal; tipo II -reto terminando como fundo (bolsa) cego, imediatamente cranial ao ânus imperfurado (membrana anal persistente); tipo IIIsemelhante ao tipo II, com localização mais oral do fundo (bolsa) retal; e tipo IV -atresia retal do segmento intestinal no canal pélvico, com agenesia da porção final do segmento retal e reto e ânus presentes (Rahal, 2007).As atresias anais tipos II e III, caracterizadas pela imperfuração do ânus, já foram reportadas em várias espécies de animais. Aparentemente, são mais observadas nos machos. A etiologia e os fatores genéticos e ambientais causais dessas http://dx

Fratura completa de tíbia em canino filhote tratado com tala: relato de caso

“…Os exames complementares são extremamente importantes para estabelecer o diagnóstico e tratamento cirúrgico, de preferência a radiografia com ou sem contraste. Através das imagens realizadas, foi possível classificar o grau de atresia e evolução do megacólon, assim realizado o acompanhamento para evolução do caso clínico do paciente (GARCÍA-GONZÁLEZ et al, 2012. ANTONIOLI et al, 2017.…”

Radiographic, ultrasonographic and surgical treatment of rectovaginal fistula disease associated with atresia ani in ruminants

“…In the etiology of AA, teratogens found in plants and viral diseases during pregnancy have been reported for cattle, while it has been reported to be the result of an autosomal recessive gene for sheep [4,5]. Clinical signs in affected animals include progressive abdominal distension, tenesmus and prominence of the anal/perineal region [6]. AA is divided into four classes in all animals: Type I AA is a congenital stenosis of the anus.…”

“…In type IV atresia ani, the anus and terminal rectum develop normally, but the cranial rectum ends as a blind pouch in the pelvic canal [7]. Surgical correction is the most indicated treatment for this disease and therapeutic success has been reported to depend on the degree of rectal development [6]. Given the importance of this disease in ruminant species, low therapeutic success has been reported [3,6,8].…”

“…Surgical correction is the most indicated treatment for this disease and therapeutic success has been reported to depend on the degree of rectal development [6]. Given the importance of this disease in ruminant species, low therapeutic success has been reported [3,6,8]. AA can be associated with congenital diseases such as rectovaginal fistula (RVF), rectocystic fistula, vaginourethral agenesis, taillessness, hypospadias and diphallus [8].…”

“…Anoplasty aims to restore anorectal continuity, preserve the external anal sphincter, restore colonic function and eliminate rectovaginal fistula. The perineal approach is used for all surgical correction of atresia types I, II and III [6,11]. When not treated surgically, animals with atresia ani type II and III have been reported to have fatal outcomes due to intestinal obstruction [10].…”