O diálogo interdisciplinar da Psicologia com a Medicina Veterinária ainda é algo inovador, dado a escassez de publicações científicas existentes que abordem a relação entre as duas áreas. Contribuições da psicologia sobre o luto, a comunicação não violenta e o desenvolvimento de um olhar ampliado ao tutor podem fazer diferença na qualidade de vida e da prática do profissional de medicina veterinária. O presente trabalho consiste em um relato de experiência que discorre sobre a educação permanente em saúde para graduandos de medicina veterinária e a oferta de plantão psicológico para tutores em um hospital veterinário, através de atividades desenvolvidas durante um estágio de psicologia com ênfase em processos de prevenção e promoção de saúde. Nos acadêmicos, o desgaste intelectual, físico e emocional, aliado a temores como a má-remuneração ou a imprevisibilidade do futuro da carreira frente ao possível desemprego, torna o processo de formação temeroso, gerando ansiedade. A psicologia se apresenta como fundamental para promover saúde nos universitários e capacitá-los enquanto profissionais aptos a lidar com a eutanásia, o luto, os cuidados paliativos e as expectativas que o tutor pode depositar sobre eles. Não saber lidar com tais desafios torna o exercício da medicina veterinária um fator agravante para o adoecimento mental do profissional.