A prática da automedicação é um comportamento comum em diversos grupos populacionais, inclusive entre os estudantes universitários. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi verificar o comportamento de estudantes universitários da área da saúde com relação à utilização de medicamentos, particularmente, à prática da automedicação. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, observacional, transversal realizado através da avaliação da prática da automedicação entre universitários. Foram utilizados questionários contendo questões sociodemográficas e outras relacionadas à prática da automedicação. Os resultados obtidos neste estudo demonstraram que a maioria dos investigados possuía idade ≤ 29 anos (87,6%), eram do sexo feminino (81,9%), de cor da pele não branca (74,6%), sem companheiro fixo (51,8%) e morava com familiares (81,9%). Com relação à escolaridade, 88,1% possuíam ensino superior incompleto, tem ≥ 2,5 anos de curso e recebem ≤ 2 salários (58,2%). Observou-se que a classe medicamentosa mais utilizada foram os antigripais (87%), sendo que apenas (9,3%) tiveram reações adversas. O sintoma responsável pela maior parte dos casos de automedicação foi a dor de cabeça/febre (61,1%), seguido por resfriado/gripe (89,1%), cólica menstrual (69,9%) e dores de estômago/má digestão (62,1%). O consumo do medicamento não prescrito ocorreu em 54,9% das vezes, por conta própria. Assim, conclui-se que práticas educativas nas instituições de ensino superior sobre o risco da prática da automedicação, se fazem necessárias, a fim de sensibilizar os estudantes universitários sobre os riscos da automedicação.