Objetivo: Avaliar os parâmetros hematológicos, microbiológicos, esquema terapêutico e incidência de Mucosite Oral (MO) em pacientes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH). Material e Métodos: Trata-se de um estudo observacional em que foram coletadas amostras de 15 pacientes para realização de sorologia para Epstein Baar (EBV), Citomegalovírus (CMV) e Herpes vírus (HSV) e hemograma. Após o transplante os pacientes foram avaliados para identificação de alterações da mucosa oral, como mucosite, infecções oportunistas e avaliação da dor, nos dias D+3, D+6, D+9 e D+10. Os testes de Friedman/Dunn, exato de Fisher e X² foram usados para avaliação estatística (p<0,05, SPSS). Resultados: 93,3% dos pacientes haviam passado por pelo menos um episódio de MO, sendo o grau 1 o mais prevalente (48,0%, n=36) (p<0,001). Treze pacientes (86,7%) não apresentaram IgM reativa para HSV e em nenhum deles foi identificada IgM para EBV ou CMV. 93,3% dos pacientes eram IgG reagentes para EBV e CMV e três pacientes apresentavam candidíase. Houve aumento significativo de mucosite em pacientes com hematócrito<30,0% (p=0,005), plaquetas<50.000/mm3 (p=0,011) e leucócitos <2.000/mm3 (p=0,145). No entanto, apenas pacientes com <2.000 leucócitos (p = 0,044) apresentaram MO em D+10 (100%), sendo 15,9 mais comuns nesses pacientes. Conclusão: os pacientes submetidos ao TCTH apresentam alta incidência de episódios de MO, mas sem associação com infecções fúngicas ou virais. A MO apresentou forte relação com leucopenia, sendo o grau 1 mais prevalente. Sugere-se que fatores hematológicos possam estar relacionados e