IntroduçãoDiversos estudos têm buscado criar e aprimorar técnicas para restabelecer habilidades motoras perdidas em consequência de traumas ou patologias, e com potencial para translação para ambientes de assistência. Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS) é o termo comumente utilizado para denominar qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde à população, em regime de internação ou não, em qualquer nível de complexidade [1]. Nesses ambientes, diversas abordagens fisioterapêuticas são executadas para recuperação de sequelas motoras variadas. No entanto, boa parte dos protocolos de reabilitação envolvem práticas repetitivas e intensas, muitas vezes abordando apenas parte das estruturas realmente acometidas, o que pode criar várias barreiras para o bom prognóstico, como, por exemplo, falta de estímulo do paciente para realizar as tarefas, a excessiva carga sobre os profissionais da saúde, a limitada gama de retroalimentação proprioceptiva, etc [2]. Neste sentido, as terapias apoiadas por sistemas robóticos têm sido propostas como meios para apoiar e aumentar a dinâmica de movimentos realizados pelos pacientes, numa tentativa de aumentar a capacidade funcional e a carga proprioceptiva visando a recuperação mais rápida das funções motoras. Em geral, esses dispositivos podem prover tanto a facilitação quanto oposição ao movimento, controlando sua rigidez e minimizando o atrito e impactos deletérios ao paciente [3].Vários trabalhos publicados destacam a eficácia da técnica quando comparada à métodos tradicionais [4].Mesmo ainda não havendo consenso sobre os protocolos mais adequados para uso da terapia robótica, como número de sessões e tipos de exercícios padrão, esta estratégia já tem sido utilizada em hospitais e clínicas em diversos países, mostrando efeitos benéficos em uma série de casos [5].Observando esse cenário e a tendência de adoção deste mecanismo de apoio à reabilitação em diversos países do mundo, percebe-se que, no Brasil, a reabilitação robótica ainda é pouco explorada. Este artigo foi pesquisado as possíveis causas da ausência da técnica na maioria esmagadora dos EAS nacionais.
Materiais e métodosAs pesquisas de artigos foram realizadas nas bases de dados acessíveis pelo Portal de Periódicos PubMed, MEDLINE, IEEE Xplore, LILACS e Google Acadêmico. Os idiomas usados para a pesquisa foram, o português e inglês, tendo como palavras chaves centrais: Reabilitação, Robótica e Brasil (Rehabilitation, Robotic and Brazil), utilizando apriori o separador E (AND) e depois outra pesquisa dessa vez aplicando o separador OU (OR). Na 1ª Fase foram apanhados todos os artigos pesquisados, 2ª Fase foram retirados os artigos duplicados e selecionados apenas os artigos onde o título da pesquisa se referia ao assunto estudado, a 3ª Fase foram lidos todos os resumos ou abstract para se definir se realmente continham o assunto exigido e na 4ª Fase foi analisado todo o artigo e aqueles que apresentavam o conteúdo que se retratava sobre a reabilitação robótica no Brasil ou que se tratavam de