INTRODUÇÃO: As restrições durante a pandemia do COVID-19 limitaram o acesso a centros de reabilitação especializados para tratamento fisioterapêutico de pessoas com Doença de Parkinson (DP). Sabe-se que a falta de exercícios físicos pode agravar as condições de saúde, levar à piora dos sinais típicos da doença e promover o declínio funcional. A telerreabilitação é uma estratégia que pode restaurar o acesso e facilitar a continuidade de assistência fisioterapêutica. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos de um programa de exercícios físicos por telerreabilitação no nível de atividade física, no desempenho funcional de Membros Inferiores (MMII), no desempenho nas atividades de vida diária (AVD’s) e na qualidade de vida (QV) em idosos com DP. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo experimental, descritivo, longitudinal, em que foram avaliados os efeitos da intervenção por telerreabilitação composta por 12 sessões de 1 hora, feitas 3 vezes/semana, realizada estatística analítica para fins comparativos pelo Teste t de Student. RESULTADOS: 22 participantes concluíram o estudo. Foi observada mudança significativa no nível de atividade física (IPAQ inicial de 0,18 ±0,39 e final de 1,0 ± 0, p = 0,0001), no desempenho funcional dos MMII (teste de sentar e levantar cinco vezes (TSLCV) tempo médio pré 16,22 ± 7.41, e após 12.26 ± 2.83, p= 0,0197), no desempenho nas atividades de vida diária (Brazilian OARS Multidimensional Functional Assessment Questionnaire (BOMFAQ) de 26,13 ± 6,31 e após de 35,45 ± 5,16, p = 0,0001) e na QV dos idosos com DP (PDQ-39 inicial de 45,92 ±15,36 e final de 23,63 ± 10,19, p = 0,0001). CONCLUSÃO: Conclui-se que houve mudança no nível de atividade física, no desempenho funcional de MMII, no desempenho nas AVD’s e na QV.