Objetivo: Identificar a influência da troca de auditoria no gerenciamento de resultados em empresas que possuem auditoria especializada e auditoria não especializada.
Método: Foi levantada uma amostra de 126 empresas listadas no Novo Mercado da B3, por conta de seu alto nível de governança e por apresentar um nível diferenciado de transparência e governança, exigidos pelos investidores, entre os anos de 2015 e 2019. Utilizou-se o modelo de Jones Modificado de Dechow, Sloan e Sweeney (1995) para o cálculo de gerenciamento de resultados por meio de accruals e o modelo usado por Chen, Lin e Zhou (2005) para o cálculo da especialização. Já o rodízio de auditoria foi coletado do Relatório de Referência, caracterizando-se como uma dummy.
Originalidade/ Relevância: Ainda há distinção de identificar a especialização de auditor como um fator de impacto para detecção de gerenciamento e distorções, faltando um padrão nos resultados encontrados até o ano de 2016.
Resultados: Por meio do modelo pooled de regressão de dados em painel, os resultados apontaram que o rodízio de auditoria não influencia na diminuição de gerenciamento de resultados e que também não há suporte necessário para afirmar que o rodízio de auditoria impacta em menor gerenciamento de resultados em empresas com auditoria especializada. Tais resultados são explicados possivelmente pelo compartilhamento de dados dos clientes entre as firmas de auditoria e pelas características da especialização não serem suficientes para comprovar esta relação.
Contribuições teóricas/ metodológicas/ práticas: O estudo contribui com os stakeholders, auxiliando-os a identificar as melhores empresas para investimento com base na sua troca de auditoria, especialização da firma de auditoria e clareza nas informações contábeis. O artigo contribui ainda com uma expansão de novos resultados para a literatura do rodízio de auditoria e o gerenciamento de resultados quando ponderados pela especialização da firma de auditoria.