Este artigo analisa a internacionalização de música moçambicana no âmbito da categoria de mercado “World Music”, durante o período de transição de um sistema de partido único e socialista, para um sistema multipartidário e liberal (1987-1994), enquadrado no processo de “construção da nação”. A análise comparativa de três casos – Orquestra Marrabenta Star de Moçambique, a canção “Baila Maria” do Grupo RM (Amoya), e os discos de Eyuphuro e Ghorwane (Real World Records) – confirma o recurso à World Music enquanto alternativa à letargia da indústria fonográfica do país e como veículo para promover internacionalmente a política musical de Moçambique durante a guerra civil.