Introdução: através dos avanços e transformações do conhecimento, de maneira progressiva, os discursos sobre a saúde e a doença se embasaram apenas na ciência, e passaram a representar o saber legítimo e oficial, sem considerar os saberes advindos da cultura popular. Porém, com os avanços das pesquisas acerca dos benefícios advindos das práticas integrativas e complementares à saúde, vale destacar a iniciativa do Ministério da Saúde, que, com o intuito de estimular a busca por novas alternativas para o enfrentamento dos problemas de saúde, publicou a Portaria da Política de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Objetivo: Evidenciar a importância da utilização das Práticas Integrativas e Complementares na promoção do cuidado holístico. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura (RIL), desenvolvido com a finalidade de reunir e sintetizar resultados de estudos científicos. A pesquisa foi realizada durante os meses de Abril e Setembro de 2022, na Biblioteca Virtual em Saúde e nas bases de dados: PUBMED e CAPES. Os descritores utilizados na pesquisa controlada efetuada foram: Práticas Integrativas, Atenção Integral e Saúde; em momentos diferentes por pesquisadores diferentes. Definiram-se como critérios de inclusão: texto completo disponível; tipo de documento: artigo; recorte temporal de 2016 a 2022. Resultados e Discussão: O crescente interesse pelas PIC’s pode ser entendido como expressão de um movimento que se identifica com novos modos de aprender e praticar a saúde, pois essas práticas se caracterizam pela integralidade, pelo autocuidado e por linguagens singulares e próprias. Essas práticas se contrapõem ao modelo biomédico, que ainda se encontra enraizado, e não amplia a visão para atividades de promoção em saúde, sendo importantes tanto para os usuários quanto para os profissionais que as executam. Nos países ocidentais, por exemplo, a medicina é concebida como uma ciência que tem por objeto o corpo humano, no qual existem doenças causadas por agentes que devem ser identificados para que o indivíduo retome o seu estado saudável. Conclusão: A partir do exposto, pode-se afirmar que a inclusão das PIC’s no SUS tem ajudado a promover espaços de saúde mais humanizados, por isso torna-se relevante abordá-las, pois buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e promoção da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.