Autoeficácia e desenvolvimento pessoal: um estudo sobre o envelhecimento neurocognitivo / Self-efficacy and personal development: a study on neurocognitive aging

Abstract

Objetivou-se avaliar a influência da autoeficácia e do desenvolvimento pessoal no envelhecimento neurocognitivo. Participaram 46 idosos, sendo avaliados em medidas de autoeficácia geral, funções cognitivas e desenvolvimento pessoal. Para a análise foram utilizados testes paramétricos e não paramétricos, adotando p ≤ 0,05. Os resultados indicaram que a autoeficácia apresenta associação significativa com a dimensão de desenvolvimento pessoal (p = 0,00) e a cognição não apresentou diferenças significativas entre os grupos (p = 0,90). Observou-se também que o grupo com alta autoeficácia apresenta desempenho diferente em relação aos demais grupos (baixa e moderada).

Autoeficácia em idosos submetidos a diferentes intervenções combinadas

“…Além dos efeitos da autoeficácia alta no desenvolvimento dos idosos, como foi citado anteriormente, a variável memória dos participantes expressa mudanças significativas (p = 0, 001 Além das alterações no sistema de memória, verifica-se que as intervenções combinadas "Físico + Psicopedagógica", com o valor de p = 0,016, e a "MEMO + Física", com o valor p = 0,043, tiveram expressão estatística significativa. Desse modo, observase que intervenções de exercício físico combinado com treino cognitivo e atividades pedagógicas têm capacidade notável de melhorar os aspectos cognitivos dos idosos, promovendo contexto de aprendizagem que atua estimulando o sistema nervoso central, sendo capaz de promover a plasticidade cerebral e favorecer a regulação do sistema cerebral (ASSUNÇÃO et al, 2022).…”

Cognitive aging and combined interventions: self-efficiency as a device to improve brain function

“…Nessa perspectiva resolutiva, a cognição pode ser compreendida como um processo global e complexo, tendo potencial de se conectar de forma intersistêmica, promovendo o processamento de informações relativas aos sentidos, sentimentos, comportamentos e modo de interação, viabilizando ação de conhecer e de criar (ASSUNÇÃO et al, 2022). Durante o envelhecimento, algumas funções relativas à cognição podem se modificar, por exemplo, atenção, memória, fluência verbal, linguagem, habilidade visuoespacial e funções executivas (ASSUNÇÃO; CHARIGLIONE, 2020; CARDOSO; LANDENBERGER; ARGIMON, 2017;HAMDAN;BUENO, 2005;MASCARELLO, 2013;MELO et al, 2017;PAIXÃO et al, 2019).…”

“…A fluência verbal se relaciona ao movimento de produção verbal de palavras de rápida aplicação, consistindo na habilidade de evocação de palavras dos sujeitos (MOURA; SIMÕES; PEREIRA, 2013). Envolve um complexo conjunto de processos cognitivos, particularmente: 1) função executivaé a habilidade de estabelecer uma operação sistemática e de recuperação, composta pela flexibilidade cognitiva, controle inibitório, resolução de problema e tomada de decisão (MOURÃO JUNIOR; MELO, 2011); 2) memória de trabalho e semântica (AQUINO; BORGES-PARANÁ, 2019); 3) linguagem -função que pode se modificar durante o percurso do desenvolvimento humano, alterando a maneira que os sujeitos interagem com a estrutura e as informações codificadas na palavra (ASSUNÇÃO et al, 2022).…”