Autoestima e autoconceito infantil, escolaridade parental e sua relação com desempenho escolar no ensino fundamental I

Abstract

A qualidade da educação é constantemente debatida pela sua característica multifatorial, havendo importantes desafios a serem superados. Considerando a influência de fatores afetivo-emocionais para a aprendizagem, analisou-se a relação entre autoestima e autoconceito infantil, escolaridade parental e desempenho escolar de alunos do ensino fundamental I de escolas da região do Vale do Rio Caí/RS. Os participantes foram 74 alunos, que responderam à Escala de Autoconceito Infanto-Juvenil, Escala de Autoestima de Rosenberg e Teste de Desempenho Escolar, além de seus pais, que completaram o Questionário sobre Dados Sociodemográficos da Família. Os alunos com autoestima elevada e autoconceito social alto foram os que apresentaram desempenho escolar médio e superior.

Implicações do bullying na infância e adolescência no autoconceito de estudantes universitários

“…Conceitualmente, define-se autoestima como um construto unidimensional correspondente à percepção que uma pessoa tem sobre si mesma, tratando-se de uma avaliação emocional, positiva ou negativa sobre seu eu (e.g., gostar ou não de si) (Olsen, Breckler, & Wiggens, 2008;Rosenberg, 1979citados por Augestad, 2017. O autoconceito, por sua vez, é um construto multidimensional e consiste em uma atitude que o indivíduo tem sobre si, envolvendo os componentes cognitivo, afetivo e comportamental, possuindo as seguintes dimensões: autoconceito físico ou pessoal (autoavaliação do indivíduo sobre sua aparência); social (percepção sobre as habilidades sociais e relações interpessoais); familiar (como descrevem os vínculos com os demais membros da família) e acadêmico (como conceituam as relações com os pares, professores e colegas, no ambiente escolar) (Nedel et al, 2020;Sisto & Martinelli, 2004). Assim, a autoestima é frequentemente concebida como o componente avaliativo do autoconceito (Goñi & Fernández, 2009) e está positivamente relacionada a maiores índices de bem-estar e saúde mental (Del Prette & Del Prette, 2013 citados por Nedel, Mattos, & Marin, 2020).…”