Com a chegada do SARS-CoV-2 a Portugal, vários organismos e instituições sociais foram desafiados a reconfigurações nos processos de atuar no envelhecimento, cuja sistematização oferece elementos importantes para reconfigurar os serviços prestados em Centro de Dia.
Este artigo explicita dificuldades operativas enfrentadas pelos Centro de Dia durante o período pandémico; analisa condicionalismos de acesso a este tipo de serviços e práticas na resposta a vulnerabilidades geriátricas concretas, em idosos em contexto de isolamento profilático. O objetivo passa por perspetivar a reconfiguração da resposta Centro de Dia em contexto pós-pandémico, adaptando a resposta e permitindo serviços em casa, através da articulação com o Serviço de Apoio Domiciliário. A pesquisa foi orientada pela questão de investigação, terão os Assistentes Sociais conseguido utilizar estratégias reconfiguração do centro de dia com recurso às tecnologias?
Do ponto de vista metodológico optou-se pelo estudo de caso, de natureza auto-etnográfica e qualitativa, articulando a análise documental de fontes secundárias, documentos da instituição, com a observação e registo em diário de campo, bem como, entrevistas a idosos e técnicos.
Os dados apontam que o apoio domiciliário e os contactos pontuais com idosos foram paulatinamente introduzidos em utentes de centro de dia. A reconfiguração da resposta teve o propósito de garantir o apoio domiciliário de assistência, permanecendo desafiada a uma maior monitorização domiciliária e ao reforço de atividades socio-relacionais.