O uso inadequado de antimicrobianos, incluindo a automedicação, é uma preocupação crescente na prática clínica, contribuindo para a resistência bacteriana e a progressão para quadros clínicos mais graves. Este estudo, através de uma revisão integrativa da literatura, investigou os desafios e estratégias relacionados ao uso de antimicrobianos, com foco na automedicação e resistência bacteriana. A análise de dez estudos publicados entre 2020 e 2024 revelou a prevalência da automedicação, influenciada por fatores socioeconômicos e culturais, e o papel crucial dos farmacêuticos na educação dos pacientes. A resistência antimicrobiana é um problema recorrente, enfatizando a importância da atenção farmacêutica e de Programas de Gerenciamento de Antimicrobianos (PGA) na promoção do uso racional de medicamentos. Estudos demonstraram o impacto positivo dos PGAs na redução do consumo de antimicrobianos e destacaram a necessidade de integrar conceitos de gestão de antimicrobianos no currículo médico. A educação do paciente e a melhoria das práticas de prescrição, incluindo diretrizes mais rigorosas e auditorias regulares, são estratégias essenciais para combater o uso indevido de antimicrobianos. Uma abordagem multifacetada que envolva educação, gestão de antimicrobianos e atuação proativa dos profissionais de saúde é fundamental para garantir a eficácia do tratamento, a segurança do paciente e a sustentabilidade dos sistemas de saúde no combate à resistência antimicrobiana.