Automedicação na Adolescência: Prática entre alunos de uma escola de ensino médio

Abstract

<jats:p>OBJETIVO: Analisar a prática da automedicação entre alunos de uma escola de ensino médio. MÉTODO: Estudo transversal, de dados primários, com abordagem qualiquantitativa, realizado em uma escola de ensino médio de Rio Branco-Acre, Brasil. A coleta de dados ocorreu em março de 2018, na biblioteca da escola mediante a aplicação de um formulário com perguntas abertas e fechadas. Os dados foram analisados criteriosamente quanto as interligações de todas as perguntas do formulário para o alcance dos objetivos propostos. RESULTADOS: 78% dos participantes da pesquisa são usuários do sistema público de saúde, 64% deles usou algum tipo medicamento recentemente sem a prescrição médica e apenas 36% consultou o médico nos últimos 12 meses. Os fármacos mais utilizados entre eles foram os analgésicos (27%), seguido dos antibióticos e anti-inflamatórios (21%). As mães configuram-se como o principal familiar a se automedicar, sendo de certa forma a principal influenciadora para a prática da automedicação entre os adolescentes. CONCLUSÃO: Houve entre os adolescentes, um significativo consumo de medicamentos sem a devida prescrição médica, principalmente pelos que são usuários do sistema público de saúde. Torna-se evidente a importância da implementação de medidas de educação em saúde junto a essa população, no sentido de evitar possíveis danos à saúde dos mesmos através da prática da automedicação.</jats:p>

Perfil, prevalência e percepção dos alunos do ensino médio sobre a prática da automedicação

“…De acordo com Braz et al (2019), a utilização de medicamentos sem orientação de um profissional farmacêutico acontece por se tratar medicamentos de uso comum e, geralmente, não é exigida a prescrição de um profissional da saúde habilitado para tal fim. Matos et al (2018) corrobora com esta linha de raciocínio ao afirmar que o sintoma responsável pela maior parte dos casos de automedicação é a dor de cabeça/febre (67,9%), seguido por resfriado/gripe (32,6%).…”

“…fácil acesso às drogarias, corroborando a afirmação de 37,5% dos entrevistados.Nos relatos de interrupção de medicamentos por se sentirem melhor e não seguirem o que diz a bula ou a prescrição médica, Barbosa e Boechat (2012) eBraz et al (2019) advertem sobre os potenciais riscos à saúde e casos de resistência microbiana. Além disso, Barbosa e Boechat (2012) alerta sobre os riscos existentes na insistência em um tratamento que pode não estar sendo eficaz ao combate dos sintomas.…”

Ação educativa para conscientização de escolares do ensino médio acerca da automedicação

“…A escola é o ambiente em que essa prática é realizada com frequência, por isso a automedicação deveria ser trabalhada na escola como tema transversal da educação em saúde, mostrando os malefícios dessa prática e conscientizando seu alunado a sempre procurar a ajuda de um profissional de saúde antes de fazer o uso de medicamentos (Braz, et al, 2019).…”