Introdução: o comportamento suicida corresponde a um fenômeno de violência autolesiva e de caráter multifatorial, classificado como um problema de saúde pública grave. A motivação individual para o ato é complexa, envolvendo aspectos sociais, biológicos e psicológicos, de modo a causar uma fonte de sofrimento intensa e intraduzível fazendo com que a vontade de autoaniquilação se torne uma opção viável para a resolução do conflito. Objetivo: identificar o perfil das notificações de lesão autoprovocada pela população estudantil, registradas pela Vigilância Epidemiológica de Rio Branco, Acre, entre os anos de 2017 e 2019. Metodologia: trata-se de estudo do tipo transversal com dados retrospectivos, utilizando dados obtidos a partir do banco de dados secundário, da Vigilância Epidemiológica de Rio Branco no SINAN, acerca dos casos de lesões autoprovocadas na população, notificadas no município entre o período de 2017 e 2019. Resultados: as lesões autoprovocadas são mais frequentes na segunda década de vida, em indivíduos com ensino médio incompleto, sexo feminino, sendo a residência própria o local em que mais ocorrem os casos e o método mais utilizado é o envenenamento. Conclusão: o perfil evidencia a necessidade de políticas públicas na região para a população estudantil que visem atividades de prevenção ao suicídio e promoção à saúde no âmbito escolar.