RESUMOA disreflexia autonômica é considerada uma emergência médica. É uma síndrome que ocorre em pacientes com traumatismo raquimedular (TRM) acima do nível da sexta vértebra torácica (T6). Ocorre entre 40% a 90% dos pacientes com TRM acima de T6. O diagnóstico é clínico e apresenta como principais sintomas cefaleia, sudorese e piloereção. Encontra-se associado a crise hipertensiva e bradicardia. Quando o diagnóstico ou tratamento é incorreto pode ocasionar consequências graves para o paciente. É importante reconhecer esta síndrome, principalmente nas emergências, onde seu diagnóstico tem sido pouco reconhecido, assim como, levar seu conhecimento aos familiares e cuidadores destes pacientes.
Palavras-chave: Disreflexia autonômica; Traumatismos da medula espinhal; Complicações.ABSTRACT Autonomic dysreflexia is considered a medical emergency. It is a syndrome that occurs in patients with spinal cord injury (SCI) above the level of the sixth thoracic vertebra (T6). It affects about 40% to 90% of patients with SCI above T6. The diagnosis is clinical and presents as main symptoms headache, sweating and piloerection. It is associated with hypertensive crisis and bradycardia. When the diagnosis or treatment is incorrect it may result in serious consequences for the patient. It is important to recognize this syndrome, especially in emergencies where diagnosis has been little recognized, as well as to keep family members and caregivers aware of it.
EpidemiologiaA DA ocorre entre 40% a 90% dos indivíduos com TRM acima de T6 20,23,26,33,42,50,65,67 . Embora tenham sido descrito casos de lesões abaixo de T6 8,25,33,42,46,56,72 . Foi observada também em casos com esclerose múltipla, tumor medula espinhal e siringomielia 5, 15; e mais frequentemente em pacientes tetraplégicos em comparação aos paraplégicos e em pacientes com lesão completa da medula em relação aos pacientes com lesão incompleta 10,28,32,34 . Seu surgimento pode ocorrer logo após o período de choque medular ou em qualquer período de evolução da lesão medular 8,29,9,30,53,58,61,69 , porém tem sido mais frequente na fase crônica do TRM 1, 32 .