RESUMOIntrodução: Práticos e portáteis os estéreos pessoais se tornaram acessórios quase indispensáveis no dia a dia. Estudos revelam que os tocadores de música portáteis podem causar danos auditivos a longo prazo para quem ouve música em alto volume por um tempo prolongado. Objetivo: verificar a prevalência de sintomas auditivos em usuários de tocadores amplificados e conhecer os seus hábi-tos de uso Método: Estudo prospectivo observacional de corte transversal realizado em três instituições de ensino da cidade de Salvador-BA, sendo duas de rede pública e uma da rede privada. Responderam ao questionário 400 estudantes, de ambos os sexos, entre 14 e 30 anos que referiram o hábito de utilizar estéreos pessoais. Resultados: Os sintomas mais prevalentes foram hiperacusia (43,5%), plenitude auricular (30,5%) e zumbido (27,5), sendo que o zumbido é o sintoma mais presente na população mais jovem. Quanto aos hábitos diários: 62,3% usam frequentemente, 57% em intensidades elevadas, 34% em períodos prolongados. Verificou-se uma relação inversa entre tempo de exposição e a faixa de idade (p=0,000) e direta com a prevalência do zumbido. Conclusão: Apesar de admitirem ter conhecimento sobre os danos que a exposição a som de alta intensidade pode causar a audição, os hábitos diários dos jovens evidenciam o uso inadequado dos estéreos portáteis caracterizados por longos períodos de exposição, intensidades elevadas, uso frequente e preferência pelos fones de inserção. A alta prevalência de sintomas após o uso sugere um risco maior para a audição desses jovens. Palavras-chave: audição, sintomas, hábitos.