A pulpotomia é uma opção de tratamento conservador que têm como função preservar a vitalidade pulpar na porção radicular, com o uso de materiais biocompatíveis sobre este tecido remanescente. Este estudo teve como objetivo avaliar a resposta biológica do remanescente pulpar frente aos cimentos biocerâmicos reparadores Biodentine® e MTA Branco Angelus® comparados ao hidróxido de cálcio após pulpotomia. Foram utilizados vinte e quatro ratos machos que tiveram as polpas coronárias do primeiro e segundo molar expostas e removidas com uma cureta afiada. O tecido pulpar remanescente recebeu um dos materiais experimentais: Biodentine®, MTA Angelus® ou Ca(OH)2 + água destilada e selados com ionômero de vidro. Um grupo foi selado diretamente com ionômero de vidro, como grupo controle negativo. Após 7 e 15 dias os animais foram eutanasiados e as peças submetidas ao processamento histológico para avaliação do processo inflamatório pela colocaração em HE e imunoistoquímico (Fibronectina e Tenascina), através da atribuição de scores de 1 a 4. Formação de ponte de tecido duro foi observada em coloração HE, avaliando presença, continuidade e morfologia. Os dados foram submetidos ao teste de Kruskal Wallis e Dunn (p<0,05). A análise estatística mostrou que aos 7 dias o MTA e o Ca(OH)2 tiveram maior continuidade da ponte de tecido duro do que o ionômero de vidro (p<0,05). O Biodentine® apresentou melhores aspectos morfológicos em relação ao ionômero de vidro (p<0,05). Aos 15 dias o MTA e o Biodentine apresentaram ponte de tecido duro completa (p<0,05). Para a imunomarcação, o Biodentine® obteve maior marcação que o ionômero de vidro para Fibronectina e Tenascina. O Biodentine®, o MTA Angelus Branco e o hidróxido de cálcio apresentaram capacidade de induzir mineralização perante a metodologia aplicada. No entanto, o Biodentine® mostrou melhor resposta tecidual que o ionômero de vidro e o hidróxido de cálcio.