Avaliação da liberação de flúor e da capacidade de recarga em diferentes cimentos de ionômero de vidro

Abstract

Objetivo Avaliar a liberação e a capacidade de recarga de flúor de diferentes cimentos de ionômero de vidro, durante a simulação de desafio cariogênico. Material e método Foram confeccionados 12 corpos de prova para cada grupo experimental, com cimentos de ionômero de vidro convencionais – Maxxion R (FGM), Ketac Molar EasyMix (3M ESPE); cimento de ionômero de vidro modificado por resina – Vitrebond (3M ESPE), e resina composta, Filtek™ Z350XT (3M ESPE), como controle negativo. Os corpos de prova foram imersos alternadamente em sistema de ciclagem de pH, permanecendo 6 horas na solução de desmineralização e 18 horas na de remineralização, sendo mantidos em estufa a 37°C. Liberação de flúor foi verificada 1, 2, 7 e 14 dias antes e após a recarga com flúor, com eletrodo específico acoplado ao aparelho analisador de pH/fluoretos, calibrado a cada medição com soluções de fluoreto de sódio a 1 e 10 ppm, preparadas com TISAB II. Para leitura, foi adicionado 0,5 mL da amostra a igual volume de TISAB II. Recarga foi realizada com flúor neutro 2% por 4 minutos nas amostras, lavadas e imersas novamente nas soluções do sistema de ciclagem de pH. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (α=0,05). Resultado A liberação inicial de fluoreto (μgF/cm2) foi de 45,36; 37,49, e 26,35 para Maxxion R, Vitrebond e Ketac Molar EasyMix, respectivamente. Diferenças estatísticas significativas entre os materiais foram verificadas antes e após a recarga (p=0,001). Após a aplicação tópica de flúor, os cimentos de ionômero de vidro apresentaram capacidade de recarga de flúor. Conclusão Cimentos de ionômero de vidro avaliados foram capazes de liberar flúor em soluções de ciclagem de pH e podem recarregar flúor através da aplicação tópica.

Comportamento biomimético dos pinos de fibra de vidro: relato de caso

“…Cimentos ionoméricos são utilizados como uma outra alternativa para cimentação dos pinos pré-fabricados, por apresentarem boa adesão a dentina, portanto, quando houver impossibilidade de realizar a técnica adesiva, estes podem ser indicados à cimentação 15 . Tais cimentos são subdivididos entre CIV convencional e CIV resinoso, visto que ambos possuem vantagens similares como: liberação de fluoretos, adesão estrutura dentária e biocompatibilidade 17,20,21 . Uma das razões para a indicação do CIV é seu módulo de elasticidade próximo da dentina, que pode reforçar a raiz enfraquecida, reduzindo o estresse sobre a dentina e consequentemente diminuindo a incidência de fratura, aumentando a capacidade de resistir juntos, pino/cimento/dentina, o estresse que incide sobre o elemento dental 22 .…”

Cimento de ionômero de vidro: revisão de literatura / Glass ionomer cement: literature review

“…Assim, a alta taxa de liberação de flúor está ligada à erosão do cimento de ionômero recém-aglutinado (GUIMARÃES et al, 2017). Um estudo feito por Pupo et al (2015), relata que os cimentos de ionômero de vidro apresentaram uma capacidade maior de liberação de fluoreto nas primeiras 24 horas. Após aplicação do flúor tópico neutro 2%, os cimentos de ioméricos são capazes de liberar uma maior quantidade deste íon, comprovando sua capacidade de recarga, quando comparados aos demais materiais testados.…”

Incorporação de agentes antimicrobianos em compósitos resinosos – revisão da literatura

“…Por essa perspectiva, o desenvolvimento de compósitos resinosos com características antimicrobianas é de grande interesse, pois pode aumentar a durabilidade das restaurações e proteger a estrutura dental remanescente, visto que apesar da terapêutica de remineralização pela liberação de flúor de alguns materiais restauradores diretos, o efeito antimicrobiano é uma propriedade de inativação da bactéria, sendo essa de especial interesse no tratamento restaurador de pacientes de alto risco de desenvolvimento de cárie [5][6][7][8] .…”