As resinas compostas se diferem em seus componentes inorgânicos quanto ao tipo de partícula, tamanho e percentagem em peso de acordo com o compósito. As partículas maiores são muitas vezes associadas a um descolamento importante da matriz e, portanto, a uma maior porosidade da restauração. Recentemente, a introdução de particulas de tamanho nanométrico nos compósitos híbridos tem permitido combinar características mecânicas com um procedimento mais fácil de polimento, resultando em uma menor rugosidade superficial. Sabe-se que o meio bucal é o maior responsável pela degradação química das resinas compostas, não só pelos ácidos formados pelo biofilme, os quais potencializam a hidrólise do material com consequente alteração da textura superficial, como também pelas forças de abrasão e compressão, além das alterações térmicas, responsáveis pelo envelhecimento do material. Nesse ambiente tão íngreme e desafiador, potencializado pela diferença de dureza entre as partículas inorgânicas e a matriz resinosa, a lisura superficial das resinas compostas, obtida imediatamente após o acabamento e polimento da restauração confeccionada, sofre alterações. Uma estratégia para melhorar as propriedades das resinas compostas é o uso da nanotecnologia pelo potencial em modificar significativamente as propriedades da matriz polimérica. Em especial as nanopartículas de titânio possuem algumas propriedades desejáveis tais como: biocompatibilidade, estabilidade no meio bucal, atividade antimicrobiana e ainda podem aumentar a resistência do material aos esforços mastigatórios. A literatura tem sugerido sua incorporação aos materiais odontológicos com o propósito de auxiliar na descontaminação de materiais utilizados na confecção restaurações, contribuindo assim para o controle da infecção. Com base nessas considerações, o propósito desse trabalho é revisar o comportamento de superfície de resinas reforçadas por nanotubos de titânio obtidos pelo método hidrotérmico. .